quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Considerações sobre o Vegetarianismo

Em pauta
Embora o texto postado pertença a uma publicação Espírita, gostaríamos de ressaltar que o enfoque deste blog não é religioso, e que não objetivamos criticar qualquer crença religiosa. Apenas trataremos dos argumentos e idéias expostas no texto referentes ao VEGETARIANISMO.
Segue abaixo o texto original em preto e os nossos comentários em vermelho.



Espiritismo e vegetarianismo
Bernardinho da Silva Moreira

“Segundo diversos estudiosos do assunto, os seres humanos evoluíram como carnívoros, daí considerarem que temos o direito de viver, segundo nossas predisposições dietéticas naturais. Não há como negar, a humanidade está adaptada a uma dieta que tem como principal elemento a carne e não a uma dieta predominantemente vegetal. As provas são gritantes e como exemplo podemos citar, as populações de camponeses carentes que não dispõem de carne em abundância. Ora, sabemos que as populações forçadas a se alimentarem com uma dieta pobre em proteínas, mas com alto teor de carboidratos por muito tempo, acabam lamentavelmente sofrendo de problemas vários, tais: cirrose hepática, pelagra, beribéri, kwashior-kor (doença tropical que atinge crianças, causada por insuficiência de proteínas na alimentação. Esta é a denominação nativa em Gana) e outras mais causadas pela deficiência de proteínas.”

Para os que acreditam na versão Bíblia, a dieta descrita no livro de gêneses é a vegana. As recomendações dadas por Deus descritas neste livro eram para que Adão e Eva comessem dos frutos e não dos animais, também criados por Deus. Somente após o dilúvio é que Deus permitiu que os homens comessem carne. Encaro essa liberação do consumo de carne como algo pontual, ou seja, a questão pós dilúvio era de vida ou morte já que não existiam outras opções de alimentação por causa do forte estrago causado pela enorme chuva. Estender essa permissão para o século XXI, no qual existe uma facilidade de acesso a uma diversidade de alimentos para a grande maioria das pessoas, penso ser um exagero e uma má interpretação Bíblica. Para os que não acreditam na descrição literal da Bíblia, existem também outros argumentos plausíveis advindos de estudos da fisiologia humana. Dentes, unhas, acidez estomacal, comprimento de intestino e mastigação são diferentes quando é feita a comparação entre humanos e animais carnívoros. O homem da caverna pode até ter evoluído caçando animais para alimentação, mas isso não é justificativa para que esse hábito permaneça, até porque estamos evoluindo, correto? E as formas utilizadas pelo ser humano para evoluir nem sempre foram as naturais. E não é porque o homem evoluiu comendo carne TAMBÉM que a NATUREZA dele será carnívora. Se você oferecer uma fruta a um tigre ou a um cachorro, que são animais carnívoros, talvez eles até comam a fruta, mas isso não quer dizer que eles mudaram a natureza carnívora que possuem.
Será mesmo a natureza do homem carnívora? Você sente vontade de matar uma vaca com suas próprias mãos e comê-la crua?

“Um dos casos mais famosos na história do vegetarianismo, foi o de George Bernard Shaw que é citado como exemplo, devido sua vida ativa até aos noventa anos com sua dieta especial. Mas isso é apenas um lado da história, o que muitos não sabem é que uma anemia grave causada por seu vegetarianismo quase o matou em certo período, e ele só foi salvo por aceitar receber uma medicação à base de extrato de fígado. Isso na época causou um alvoroço, devido aos líderes do movimento vegetariano que irados, não pouparam o dramaturgo idoso dos ataques virulentos por ter desrespeitado os princípios do vegetarianismo, esquecidos ou pouco se importando com a sobrevivência de Shaw.”

Esse tipo de exemplo é lamentável. É querer achar “defeitos” ou falta de consenso na fala dos outros para justificar sua posição contrária. Por que Shaw resolveu ingerir um medicamento provindo de um animal anula todo o discurso vegetariano? Isso foi uma opção pessoal!
Anemia hoje em dia só se cura com medicamento à base de extrato de fígado e com a utilização da carne? Um estudo mais profundo do tema mostrará que NÃO. Acho que já está na hora de superar esse mito, informação hoje em dia é o que não falta! Para não me alongar no tema, recomendo a leitura do artigo escrito pelo nutricionista Jorge Guimarães, que está disponível em
www.vista-se.com.br/site/o-mito-da-proteina/.

“Consultando os Espíritos superiores sobre o tema em pauta, Kardec pergunta na questão 723:”
‘A alimentação animal é, com relação ao homem, contrária à lei da Natureza?
- Dada a vossa constituição física, a carne alimenta a carne, do contrário o homem perece. A lei de conservação lhe prescreve, como um dever, que mantenha suas forças e sua saúde, para cumprir a lei do trabalho. Ele, pois, tem que se alimentar conforme o reclame a sua organização.’ “

Basta observar a natureza. A vaca não é feita de carne? Ela come o quê? Capim!! Nem por isso vamos ver vacas atrofiadas e sem forças devido à falta de carne.

“Se a lei natural é lei de Deus e a lei de conservação também, tentar mudar o código divino, seria o mesmo que caminharmos para o abismo por vontade própria, o que seria, sem dúvida nenhuma, suicídio. Outro ponto importante, para cumprirmos com a lei de trabalho, não podemos fugir da responsabilidade de mantermos o vigor físico, que dependerá da alimentação em conformidade com a nossa organização.”

Como citado anteriormente, de acordo com a Bíblia, a nutrição original imposta por Deus era a vegana, logo, dá para concluir que era a natural.
Vigor físico? Éder Jofre, um dos maiores pugilistas Brasileiro, que foi inclusive campeão mundial, era vegetariano! Acredito que forças não lhe faltaram, não é? Fora outros atletas olímpicos que também são vegetarianos.

“Para aqueles que não estudaram o problema isso pode ser difícil de entender. Legumes são mais baratos do que carne, mas o problema é equilibrar o consumo de legumes a fim de produzir, através da habilidade humana, o equilíbrio de aminoácidos tão simplesmente oferecidos por qualquer pedaço de carne. Diferentes vegetais possuem diferentes aminoácidos essenciais, mas não na combinação certa: sem a combinação perfeita de todos os oito, nenhum deles produz o efeito necessário no aparelho digestivo humano. Isso significa que, a fim de produzir uma refeição vegetariana saudável, é necessário atingir um equilíbrio sutil baseado em conhecimentos bioquímicos, empregando a mistura certa de elementos botânicos. Isso demanda paciência e habilidade e explica porque, nas comunidades camponesas ignorantes, uma dieta, a inevitável dieta vegetal causa tantas doenças sérias. No estado atual das coisas, uma dieta vegetariana equilibrada é essencialmente um fenômeno de classe média alta. Em contrapartida, uma dieta vegetariana adotada de maneira imperfeita pelo povo continua sendo mortífera”.
“Essas são as palavras do zoologista e especialista em comportamento humano, Desmond Morris, registradas no livro ‘O Contrato Animal’.”

Não, vegetarianismo não é mortal. E também não é dieta de burguês. O próprio autor cita que legumes são mais baratos que a carne! E pobreza não é sinônimo de ignorância. Hoje em dia existem regras tão simples para se obter o máximo de nutrientes possível dos vegetais, como por exemplo, colorir o máximo possível o prato com diversos vegetais. E é bom deixar claro, não existe nenhum aminoácido necessário ao organismo humano que não seja encontrado nos alimentos do reino vegetal. Alguns estudos populacionais mostram que a dieta vegetariana - inclusive a vegana!! - excede a necessidade de aminoácidos essenciais.

“Conheci algumas pessoas que ao lerem sobre a vida de Francisco de Assis, deixaram de comer carne como se isso fosse deixá-las mais espiritualizadas. O interessante é que a moralidade, o amor ao próximo que era praticado pelo grande missionário de Assis é colocado em plano secundário ou, o que é pior, imediatamente esquecido.”
“Os fariseus também não comiam a carne de porco e outros animais, que segundo eles eram impuras; também vestiam-se de branco e lavavam as mãos, mas não lavavam a alma. Eram sepulcros caiados por fora e por dentro eram cheios de podridão.”

E quem disse que um comportamento anula o outro?! Se uma pessoa é vegetariana por ter consciência do valor da vida animal, pode ter certeza que por extensão da lógica, ela também dará valor à vida humana.
E ficar tentando ver tropeço no comportamento alheio para justificar sua crença é fugir do debate sério, por favor!



“Voltando ao mestre Kardec, iremos à questão 722:
‘Será racional a abstenção de certos alimentos,prescrita a diversos povos?
- Permitido é ao homem alimentar-se de tudo o que não lhe prejudique a saúde. Alguns legisladores,porém, com um fim útil, entenderam de interdizer o uso de certos alimentos e, para maior autoridade às suas leis, apresentaram-nas como emanadas de Deus.’ "

Hoje existem MUITOS estudos que mostram as vantagens da dieta vegetariana comparada a uma dieta com ingestão de carne. Principalmente na diminuição dos problemas cardiovasculares. Abaixo disponibilizareis alguns link’s de estudos.

“O importante não é só o que entra na boca do homem,mas principalmente o que sai!
A advertência de Desmond Morris deve ser analisada por todos nós:
‘Claramente,o movimento vegetariano, a despeito de suas boas intenções, está lutando contra a natureza, e sua luta desigual continuará até o dia distante em que os bioquímicos conseguirem finalmente criar uma dieta sintética completa a partir de elementos químicos básicos, própria para ser consumida por todos nós.’ “

O importante é o que ENTRA e SAI da boca do homem. Temos que assumir nossas responsabilidades por completo.
O movimento vegetariano luta pela vida, luta para mostrar que os animais não foram feitos para que o homem manipule de acordo com os próprios interesses. Animais são vidas independentes, com suas particularidades, funções e interesses.
Não, não precisamos de evolução tecnológica para aprimorar nossa nutrição, muito pelo contrário, ela sempre esteve disponível a todos que se dispôs a olhar com os olhos da compaixão.

Rand WM, Pellett PL, Young VR. Meta-analysis of nitrogen balance studies for estimating protein requirements in healthy adults. Am J Clin Nutr. 2003;77:109-127.
Position of the American Dietetic Association and Dietitians of Canada: Vegetarian diets. J Am Diet Assoc. 2003;103:748-765.(www.svb.org.br/artigos/artigos.htm).
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2007001600005 (Risco cardiovascular em vegetarianos e onívoros: um estudo comparativo)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Aprovada lei para uso de animais em pesquisa e ensino

Em pauta:


A lei Arouca, que regulamenta o uso de animais em experiências científicas, e que tramitava no congresso desde 1995, foi aprovada no Senado por UNANIMIDADE nesta última terça-feira (09/8). Agora resta somente o Presidente da República sancioná-la. Essa nova lei permite a utilização de cobaias em estabelecimento de ensino superior e de ensino técnico na área Biomédica, em situações que constituem pesquisa ou programa de aprendizado.


Comentário:


A utilização de animais em pesquisa e ensino, além de ser uma prática eticamente questionável, pelos danos físicos e psicológicos aos quais os animais são submetidos, é um método que não garante que as informações obtidas com animais possam ser estendidas aos humanos, devido a enorme variação de respostas metabólicas que diversas espécies possuem em relação às toxinas e às doenças. Como exemplo, podemos citar a ação terapêutica em que uma dose de aspirina produz em humanos, e a sua ação venenosa para gatos e inócua para frebre em cavalo. O benzeno que provoca câncer em humanos e não em ratos. E a insulina que produz defeitos congenitos nos animais e não em humanos.

Como estamos criticando testes em animais, isso não quer dizer que queiramos que os testes em humanos necessitem ser feitos de forma danosa em seres humanos, mas queremos mostrar a fragilidade do método animal em diversos aspectos. É muito importante ressaltar que a maioria dos avanços médicos não foram atribuídos à experimentação animal, mas à melhora da nutrição, saneamento e outros fatores comportamentais e ambientais. Além disso, muitos avanços importantes na saúde são atribuídos a estudos em seres humanos, entre eles anestesia, bacteriologia, teoria do germe, o estetoscópio, morfina, rádio, penicilina, respiração artificial, anti-sépticos, a descoberta das relações entre colesterol e doenças do coração, entre cigarro e câncer, o desenvolvimento do raio-x e o isolamento do vírus que causa a AIDS. Testes em animais não contribuíram em nada nesses e nem em outros desenvolvimentos.

A ciência precisa se focar em desenvolver e aprimorar outros métodos alternativos e mais eficientes, como estudos clínicos e epidemiológicos em humanos, cadáveres, simulação de computadores e estudo "in-vitro". A humanidade e os animais agradecem!!


Finalizo com a frase do Psiquiatra Neal Barnard: “O estudante que se recusa a participar de atividade que parece ser ou é cruel aos animais deve ser encorajado e não desestimulado. Compaixão é muito mais difícil de se ensinar do que anatomia”.



Fontes: Revista da Semana e Instituto Nina Rosa

sábado, 6 de setembro de 2008

Quando a abolição da escravatura parecia quimérica

Em pauta:
Às vezes, fico pensando na luta de raríssimas pessoas há alguns poucos séculos atrás para libertação dos escravos, principalmente dos negros, os quais eram maioria absoluta. Imagino que essas pessoas eram taxadas de loucas e desprovidas do senso da realidade por defender algo tão enraizado na sociedade e muito importante para a econômia. Naquela época, defender direitos humanos independente de sexo ou raça era algo diferente, inovador e afrontador. Esse retrato, em meu ponto de vista, é bastante semelhante com o enfretado atualmente pelos defensores do abolicionismo animal. A história nos mostra que para vencer paradigmas vigentes e implantar novas concepções é necessário, geralmente, passar por três processos: ridicularização, tolerância e aceitação. Em qual etapa a defesa pelos direitos animais se encontra?
Abaixo posto um texto do livro "Bury the Chains - Prophets and Rebels in the Fight to Free an Empire's Slaves", de Adam Hochschild, publicado em 2005 pela Houghton Mifflin, e traduzido por Beatriz Medina. O texto conta a história da campanha pela abolição da escravatura na Grã-Bretanha nos séculos XVIII e XIX. Vale a pena ler e refletir.
"Em Londres, naquele início de 1787, se você dissesse numa esquina que a escravidão era moralmente condenável e que devia tornar-se ilegal, nove em cada dez pessoas morreriam de rir, achando que você estava maluco. A décima talvez concordasse em princípio, mas lhe garantiria que acabar com a escravidão seria totalmente impossível.
Aquele era um país onde a grande maioria do povo, dos camponeses aos bispos, aceitava a escravidão como totalmente normal. Também era um país onde o lucro das grandes fazendas do Caribe estimulava a economia, onde os impostos alfandegários sobre o açúcar cultivado pelos escravos eram uma fonte importante de renda do governo e onde o meio de vida de dezenas de milhares de marinheiros, mercadores e construtores de navios dependia do comércio de escravos. Este mesmo comércio atingira uma amplidão quase sem precedentes, levando prosperidade às cidades portuárias, entre as quais a própria Londres. Além disso, em cada vinte ingleses dezenove não tinham sequer o direito de votar. Privados deste direito mais básico, como poderiam ser levados a preocupar-se com o direito de outros povos, de cor de pele diferente, do outro lado do oceano?
Este mundo de servidão parecia ainda mais normal porque quem quer que olhasse para o passado não veria nada além de outros sistemas escravistas. Os gregos e romanos tinham escravos; os incas e astecas tinham escravos; os textos sagrados da maior parte das grandes religiões apresentavam a escravidão como coisa natural. A escravidão já existia antes do surgimento do dinheiro e da lei escrita. Era assim que o mundo - o nosso mundo - era há apenas dois séculos e, para a maioria do povo daquela época, era impensável que pudesse ser de outro modo.
Se insistíssemos, talvez alguns britânicos admitissem que esta instituição com certeza era desagradável - mas de onde viria o açúcar para o chá? Como os marinheiros da Marinha Real obteriam o seu rum? O comércio de escravos "não é um comércio agradável", como diria um membro do Parlamento, "mas o comércio de um açougueiro também não é um comércio agradável, só que, apesar disso, uma costeleta de carneiro é uma coisa ótima."
Claro que havia pessoas que preconizavam o fim da escravatura, mas eram raras e dispersas.
Com certeza havia no ar um sentimento de mal-estar latente. Mas sentir um problema vago, quase inconsciente, é uma coisa; coisa bem diferente é acreditar que algum dia possamos mudar esta situação de fato. O parlamentar Edmund Burke, por exemplo, opunha-se à escravidão mas achava que a simples idéia de dar fim ao comércio transatlântico de escravos (sem falar da escravidão propriamente dita) era "quimérica". Apesar do mal-estar que os ingleses do final do século XVIII pudessem sentir com o tema da escravidão, a idéia de acabar com ela parecia um sonho ridículo.
Quando os doze homens do comitê abolicionista se reuniram pela primeira vez em maio de 1787, os poucos que exigiam abertamente o fim da escravidão ou do comércio de escravos eram considerados meio doidos ou, no máximo, como idealistas incuráveis. A missão que empreenderam era tão monumental que parecia impossível a todo mundo.
Esses homens acreditavam não só que a escravidão era uma atrocidade como também que era uma coisa passível de solução. Achavam que, como os seres humanos têm capacidade de se preocupar com o sofrimento dos outros, o fato de expor a verdade à luz do dia incitaria o povo a agir.
Dali a alguns anos, a questão da escravatura chegara ao centro da vida política britânica. Havia um comitê pela abolição em todas as cidades e vilas importantes. Mais de 300.000 britânicos recusaram-se a comer açúcar produzido por escravos. As petições pela abolição inundaram o Parlamento com mais assinaturas do que nenhum outro tema jamais recebera.
Há alguma coisa misteriosa na questão da empatia humana e do que faz com que seja sentida em alguns casos e não em outros. O seu aparecimento súbito, naquele momento específico, pegou todo mundo de surpresa. Os escravos e os servos se rebelaram constantemente no decorrer da História, mas a campanha da Inglaterra foi uma coisa nunca vista: foi a primeira vez que um grande número de pessoas se mobilizou e manteve-se mobilizado durante vários anos em prol dos direitos de outros povos. Ainda mais espantoso: foi pelo direito de pessoas com outra cor de pele, num outro continente. Ninguém ficou mais surpreso com isso do que Stephen Fuller, representante em Londres dos fazendeiros da Jamaica, ele mesmo fazendeiro e personagem central do lobby pela escravidão. Enquanto dezenas de milhares de pessoas protestavam contra a escravidão assinando petições, Fuller espantou-se porque "não mencionavam nenhuma injustiça nem nenhum tipo de preconceito que afetava a elas mesmas".
Os abolicionistas tiveram sucesso porque levantaram um desafio enfrentado por quem quer que se preocupe com a justiça social: tornar visível os laços entre o próximo e o distante. É comum não sabermos de onde vêm as coisas que utilizamos; ignoramos as condições de vida daqueles que as fabricam. A primeira tarefa dos abolicionistas foi levar aos britânicos a consciência do que estava por trás do açúcar que comiam, do tabaco que fumavam, do café que bebiam."



Fonte: Grupo pela Abolição do Especismo - Porto Alegre - www.gaepoa.org

 
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