sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Vincianos, Damascenos e Relutantes

Em pauta:
De acordo com o pensamento do filósofo Tom Regan, relatado no excelente livro chamado “Jaulas Vazias”, existe vários tipos de conversão à causa animal e, consequentemente, ao vegetarianismo ou veganismo. Sim, gosto de utilizar a palavra “conversão”, pois é exatamente isso que acontece com uma pessoa quando ela resolve mudar todo seu estilo de vida por uma causa tão nobre. Portanto, há uma transformação na forma antiga de pensar e uma mudança permanente no seu estilo de vida.
Abaixo resumirei as diferentes formas apontadas por Regan de como a consciência animal é adquirida ou construída ao longo da vida.

Os vincianos

Algumas crianças parecem já nascer com uma consciência animal muito aguçada. Sem que ninguém as ensine, elas conseguem entender a vida interior dos animais sem nenhum raciocínio moral ou científico, apenas são capazes de tornar a vida do “outro” parte da própria vida, criando desta forma um grande vinculo de empatia e de uma amizade expressa pelo respeito e pela lealdade. A relação entre a criança e o animal é a do “Eu-Tu”, e não “ Eu-Isso”.
Como essas crianças precocemente sabem o que elas sabem? De acordo com a explicação de Regan, essa consciência é construída através do relacionamento e do conhecimento do seu amigo animal, sim, amigo, pois é semelhante a uma amizade entre humanos, a qual é pautada no comportamento leal, na proteção e na preocupação com os INTERESSES do outro. E para as crianças vincianas, os animais são seus amigos, e comer um amigo morto é algo impensável, algo que jamais desejariam fazer.
Regan chama essas crianças de vincianas, por causa de Leonardo da Vinci, um grande respeitador dos animais. Segundo alguns relatos, Leonardo adotou uma dieta vegetariana na infância por razões éticas. Existe uma frase famosa que Jon Wynne-Tyson faz atribuição a Leornado, que diz: “Eu repudio o uso da carne desde que eu era criança, e chegará o dia em que homens como eu julgarão o assassinato dos animais do mesmo modo como eles julgam hoje o assassinato dos homens”.
Os vincianos são a minoria entre os defensores dos direitos animais. A maioria das pessoas possui a compreensão dos animais herdada, ou seja, de acordo da forma com que a cultura vê os animais. E o paradigma cultural ocidental em geral vê os outros animais como seres que existem para nós, não tendo outro propósito para estar no mundo se não o de atender às necessidades e os desejos de nós humanos. Assim, os porcos, por exemplo, mostram sua razão de ser ao se transformar em fatias de presunto entre duas fatias de pão.

Os damascenos


As pessoas passam pela mudança de percepção de diversos modos, por diversas razões e em tempos diferentes. O termo dasmasceno é baseado na conversão de Saulo, ocorrida na cidade de Damasco. De acordo com a Bíblia, quando Saulo, até então um perseguidor dos Cristãos, estava caminhando pela estrada de Damasco, Jesus apareceu milagrosamente e conversou diretamente com ele. Isso bastou para mudar a vida de Saulo para sempre.
Os damascenos participam da consciência animal de um modo semelhante. Em um momento eles estão aceitando o paradigma cultural; no minuto seguinte, não estão mais. É um momento de plena transformação na mente e no coração. Regan conta a história de uma menina que cresceu criando um carneirinho. Todos os dias pela manhã ela o visitava, escovava-o, limpava-o e lhe dava comida. Até que um dia, quando ela foi até o celeiro para cuidá-lo, o carneiro não estava mais lá, e no jantar da sua casa foram servidas costelas de carneiro. Desse dia em diante, sua vida ficou plena de consciência animal, e o sofrimento de todos os animais, e não só o do seu carneiro, tornou-se a passagem pela qual ela adentrou ao mundo.

Os relutantes

De acordo com a experiência de Regan, existem mais defensores dos direitos animais damascenos do que vincianos. Quando se trata da forma como nós vemos os outros animais, há mais gente que muda por causa de uma experiência única e transformadora do que gente que nasce com uma empatia natural e nunca mais perde. No entendo, o autor aponta que a maioria dos defensores dos animais é composta por pessoas relutantes, gente que primeiro aprende uma coisa, depois outra; que experimenta isso, depois aquilo, fazendo perguntas, achando respostas, tomando uma decisão, depois outra e outra. Não importa quanto tempo demore, os relutantes avançam para a consciência animal passo a passo, pouco a pouco.

Não importa a forma, o mais importante é evoluir para uma consciência animal em nossa alimentação, vestimenta e entretenimento.
Fonte: Livro "Jaulas vazias"

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Piracicaba em foco!!

Para obter melhor visualização, click na imagem.

domingo, 24 de agosto de 2008

Até quando isso acontecerá?

Em pauta

Voalá! As Olimpíadas mal terminaram e lhes trago mais uma reportagem do povo chinês.

Se já não bastasse o consumo de carne canina, mais alguns pratos são aderidos aos dos chineses: ninho de passarinho. Sim, foi o que você pensou, filhotes recém-nascidos de pássaros!


O mercado de Donghuamen tem 89 barracas e foi inaugurado em 1984 no centro da capital chinesa. Ele só funciona à noite.

Nas 89 barraquinhas da feira de Donghuamen, em Pequim, é possível experimentar sabores e ingredientes inusitados como um doce feito de ninho de pássaro frito.


E, para não bastar tal prato exótico e incompreendível por sua natureza, há outros que você ainda desconhece, e o Vegetarianismo em pauta lhes traz na íntegra ...
Os chineses apreciam muito as carnes exóticas, pois acreditam que carnes como a do peixe-espada e da cobra marinha são muito ricas em nutrientes.

Pratos apimentados como as iscas de estômago de boi são típicos da região de Sichuan. Até mesmo os chineses têm reservas a algumas comidas daqui.

Espetinhos de bicho da seda são salgados e fritos. O ideal é saborear bem ainda quente sem deixar escorrer o óleo.

Durante a Olimpíada, o mercado tem lotado com turistas, tanto que o estoque de escorpiões acabou, mas ainda é possível encontrar petiscos como abelhas, centopéias e estrelas do mar.

Testículos de bode é uma iguaria que os chineses procuram para melhorar a fertilidade. Visitantes mais conservadores podem saborear comidas mais comuns.



Antigamente os churrasquinhos de cobra eram feitos com o animal inteiro, mas como a aparência não era muito atraente os vendedores passaram a descamar o animal antes de colocá-lo no espeto.

Revoltante, mas não surpreendente mais, não é mesmo?


Os animais do mundo existem para seus próprios propósitos. Não foram feitos para os seres humanos, do mesmo modo que os negros não foram feitos para os brancos, nem as mulheres para os homens. (Alice Walker)

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/

sábado, 23 de agosto de 2008

Evento sobre Vegetarianismo em Piracicaba/SP

Os maus-tratos aos animais criados para o abate e o desmatamento de áreas arborizadas para a formação de campo de pastagem, são duas das razões que têm levado muitas pessoas a tornarem-se adeptas do vegetarianismo. As dúvidas sobre os benefícios e cuidados necessários para manter esse tipo de alimentação, serão tema de um evento que acontece no sábado (23), a partir das 20 horas, e pretende levar as pessoas a pensar sobre o que comem.
O médico Cássio Negri, integrante da Sociedade Vegetariana de Piracicaba, será o palestrante da noite, falando sobre o vegetarianismo e sua relação com a saúde e a ecologia. Após a palestra, será servido um coquetel vegetariano, como forma de mostrar aos participantes a variedade gastronômica possível para quem opta por esse estilo de vida.
Segundo Negri, é cada vez maior a quantidade de pessoas adeptas da alimentação vegetariana por diversos motivos. A compaixão pelos animais é um deles, mas há quem deixe de consumir carnes pela preocupação com o meio ambiente e por causa da saúde, considerando que a gordura animal é causa direta de muitos tipos de câncer e doenças relacionadas ao colesterol. "O índice de câncer de intestino no Sul do país é maior que em São Paulo, porque lá eles consomem mais churrasco. As pessoas se preocupam com a falta de proteínas, mas não tem problema, porque elas também estão em alimentos como a soja, o feijão e outros grãos, que têm mais proteínas que a carne", falou o médico, vegetariano há 25 anos.
Quanto à falta de ferro, absorvido mais facilmente pelo consumo de carne, também pode ser encontrado em vegetais e verduras de cor verde escuro. Se consumidos com laranja e limão, fontes de vitamina C, ajudam na absorção mais rápida do nutriente.
Há também os veganos, vegetarianos mais radicais, que não consomem carne e nem derivados produzidos por animais, como leites e ovos.
Muita gente deixa de ser carnívora para poupar o meio ambiente. A extinção das florestas está intimamente ligada à ampliação dos pastos para criação de gado.
CONSCIÊNCIA.
A indústria da carne se tornou uma das mais cruéis, afirma o médico. Desde que nasce até quando é abatido, o animal passa por um calvário. O processo visa à engorda rápida do animal, sem medir seu sofrimento.
Os animais destinados à alimentação humana estão fora das leis de proteção contra os maus-tratos. Passam por situações como castração, marcação a ferro em brasa sem anestesia, abate sem insensibilização prévia, aplicação de hormônios, antibióticos, corte de bicos, alimentação artificial ininterrupta, ficam presos em pequenos espaços, onde não conseguem se mexer, para que engordem rapidamente. "Com o baby beef, literalmente carne de bebê, é cometida uma maldade. Os bezerrinhos vão para o abate carregados, tal seu estado de fraqueza e anemia. Desde que nascem, são privados da luz do sol e ficam presos para que não andem ou corram, para que não criem músculos e sua carne seja macia e rósea."
CURIOSIDADE.
Um outdoor da Sociedade Vegetariana Brasileira, sobre o evento, instalado em um ponto da avenida Carlos Botelho, tem chamado a atenção das pessoas desde sexta-feira (15). Na imagem, o autor Flávio Giusti tenta expressar a causa vegetariana como se fosse um anúncio de filme, do tipo "Jogos Mortais".
SERVIÇO
Palestra “Vegetarianismo”’ Com o médico Cássio Negri, da Sociedade Vegetariana de Piracicaba. Sábado (23), às 20 horas, à avenida Carlos Botelho, 467. Ao final, coquetel vegetariano.

Por Daniele Ricci da Gazeta de Piracicaba

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Cuidado com o que você come! Informe-se

Em pauta
A reportagem abaixo é antiga, mas por mais que esta seja do ano passado, e que provavelmente este lanche nao esteja mais no mercado, vale a pena ressaltar a importância que empresas como o Mc Donald's lançam lanches rotulados "vegetarianos", mas que na verdade, vendem e informam erroneamente o seu produto.
Boa leitura!
Confirmado: Veggie Crispy não é vegetariano

O Mc Donald's lançou no mês de junho o sanduíche Veggie Crispy nas lojas de todo o país.

O novo lanche é composto por um empanado de legumes, alface americana, tomate e molho blanc, tudo num pão de grãos. Este é o primeiro sanduíche supostamente vegetariano que o Mc Donald's lança no Brasil.

Mensagens têm circulado pela internet nos últimos dias afirmando que o molho usado para temperar o empanado teria, entre seus ingredientes, aroma natural de frango.

Procurada pelo Vida Vegetariana, a assessoria de imprensa do Mc Donald's confirmou a presença do aroma natural de frango para realçar o sabor e disse ainda que a rede de fast-food nunca divulgou este sanduíche como sendo vegetariano e, sim, a base de vegetais. O lanche também contém farinha de trigo e glúten.

Alguns vegetarianos que chegaram a consumir o produto e se sentiram lesados estão entrando no juizado de pequenas causas contra a rede de fast-food, pois o Veggie Crispy não seria um lanche vegetariano, passando assim a imagem de propaganda enganosa. Segundo o dicionário online Merriam-Webster, o termo "veggie" se destina a vegetais e vegetarianos(na forma de gíria).

Fonte: Redação Vida Vegetariana - 11/06/2007 - 08h42

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

1° Outdoor Vegetariano em Piracicaba!

Parabéns ao pessoal da Sociedade Brasileira Vegetariana de Piraciacaba pela dedicação na realização dessa divulgação tão importante do Vegetarianismo!!


O outdoor está exposto na movimentada Avenida Carlos Botelho. Confira.




terça-feira, 12 de agosto de 2008

Direitos Animais


"O erro da ética até ao momento, tem sido a crença de que só se deve aplicá-la em relação aos homens"

Dr. Albert Schweitzer



1. Todos os seres capazes de sentir (seres sencientes), humanos ou não-humanos, têm um direito: o direito básico de não serem tratados como propriedade dos outros.


2. Nosso reconhecimento desse direito básico significa que devemos abolir, em vez de simplesmente regulamentar, a exploração institucionalizada dos animais – porque ela pressupõe que os animais sejam propriedade dos humanos.


3. Assim como rejeitamos o racismo, o sexismo, a homofobia e o preconceito contra as pessoas de idade, rejeitamos o especismo. A espécie de um ser senciente não é razão para que se negue a proteção a esse direito básico, assim como raça, sexo, orientação sexual ou idade não são razões para que a inclusão na comunidade moral humana seja negada a outros seres humanos.


4. Reconhecemos que não vamos abolir de um dia para o outro a condição de propriedade dos não-humanos, mas vamos apoiar apenas as campanhas e posições que promovam explicitamente a agenda abolicionista. Não vamos apoiar posições que reivindiquem regulamentações supostamente "melhores" da exploração animal. Rejeitamos qualquer campanha que promova sexismo, racismo, homofobia ou outras formas de discriminação contra humanos.


5. Reconhecemos que o passo mais importante que qualquer um de nós pode dar rumo à abolição é adotar o estilo de vida vegano e educar os outros sobre o veganismo. Veganismo é o princípio da abolição aplicado à vida pessoal. O consumo de carnes (vaca, ave, pescado, etc.), de laticínio, ovo e mel, assim como o uso de animais para roupas, entretenimento, pesquisa ou qualquer outro fim, são incompatíveis com a perspectiva abolicionista.


6. Reconhecemos a não-violência como o princípio norteador do movimento pelos direitos animais.


Por Gary L. Francione

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Prato do dia: carne canina!

Em pauta

Como estamos em época das Olimpíadas, não pude deixar despercebido um assunto que para muitos, é surpreendente e até mesmo repugnante pelo fato de ser exótico/estranho.
Estou falando da alimentação da carne de cachorro. Se assustou? Pois é, mais um animal-não humano para o cardápio dos povos orientais.
Na China, terra das Olimpíadas, pode estar "cancelado" a venda e o consumo deste "prato", mas certamente, por debaixo dos panos, os pobres cachorrinhos são mortos brutalmente pelos seus "donos" ainda ... Achei uma reportagem muito interessante no G1, da Globo, sobre a Carne canina, vale a pena ler.

Boa leitura!


"Jovens coreanos rejeitam carne de cachorro"

Está cada vez mais difícil comer "boshintang" em Seul. Repórter do G1 provou e conta como foi.

Encontrar um restaurante em Seul que venda pratos feitos de carne de cachorro ("boshintang", em coreano) não é uma tarefa fácil. E mais difícil ainda é encontrar um coreano que goste desse tipo de refeição.
Ao contrário do que se pensa, a Coréia do Sul, que ao longo dos anos foi estereotipada como "o país onde se come cachorro", vê como algo cada vez mais distante o consumo do polêmico prato.

(Repórter do G1 foi a um restaurante que serve carne de cachorro em Seul.)

"A Coréia está muito mais aberta ao mundo e as pessoas estão vendo o que acontece aqui. Além disso, esse costume (de comer carne canina) vem caindo porque hoje em dia é muito normal ter cachorros em casa", afirma o jornalista Sung-Hae Kim, especializado na história dos costumes da Coréia do Sul.

Ele, que tem 40 anos e nunca provou o prato, diz que o consumo da carne é algo que faz parte da cultura do país, mas que está mudando rapidamente por causa das transformações sociais pelas quais a Coréia passou nos últimos anos.

"É verdade que algumas pessoas ainda adoram o prato, mas é cada vez mais raro encontrar lugares que vendem essa carne aqui em Seul. A sociedade está mudando sua maneira de pensar e simplesmente há menos gente comendo esse prato", afirma Kim, lembrando que todos os países tem suas "estranhas tradiçoes": "Na China, por exemplo, há quem coma ratos."

Cardápio de restaurante em Seul mostra os pratos feitos de cachorro (Foto: Pablo López Guelli/G1)

O prato

carne de cachorro é uma tradição milenar na Coréia do Sul. Come-se com mais freqüência no verão porque ela supostamente dá energia e é facilmente digerida pelo corpo.

O prato costuma vir em forma de ensopado, com a carne cozida dentro e muitos vegetais. A carne em si é macia, mas não é especialmente saborosa.
A maior parte dos restaurantes que servem carne de cachorro na Coréia estão no interior do país, o que torna mais difícil o acesso a estrangeiros.
No centro de Seul é até arriscado perguntar onde se pode comer carne de cachorro. É provável que se receba uma resposta ríspida ou mal-educada de garçons e donos de restaurantes -como os insultos ouvidos por este repórter.

O estudante Byun Yoon-woo, de 20 anos, é outro exemplo de como a sociedade coreana está mais "ocidentalizada" quando o assunto é carne de cachorro.
"Cachorro é um companheiro, não uma refeiçao", diz Yoon-woo. "Eu nunca provei, e todas as meninas que conheço têm nojo desse prato. Para a nossa geração, esse é um costume muito estranho", afirma o coreano.
Outra estudante, Sooyon Chung, de 21 anos, conta que há algum tempo passou pelo "desafio culinário de provar cachorro". E não passou no teste. "Na época eu estava saindo com uma pessoa e decidimos ir a um restaurante especializado em cachorro. Mas na hora de pedir a comida ficamos com medo e não pedimos o prato", diz Chung.

Copa do Mundo

A discussão sobre o consumo de carne de cachorro, que é repudiada por milhões de pessoas em todo o mundo, colocou a Coréia do Sul em evidência antes da Copa do Mundo de 2002.


Cachorro da raça Hwang-gu, usado para fazer o "boshintang" (Foto: Reprodução)

Esses defensores alegam que os cachorros são criados em gaiolas, como as galinhas -especialmente para o consumo de sua carne. Afirmam também que os animais são torturados antes de serem mortos porque dessa forma a adrenalina liberada aumenta o sabor da carne e, principalmente, a virilidade dos homens que a consomem.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL51566-5602,00.html
Fonte - imagem: Acção animal.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Vegetarianismo: sinônimo de consciência!

Em pauta


Penso que não basta ser Vegetariano, é preciso também cuidar do meio ambiente em que vivemos, cuidá-lo para nós e todos os seres vivos que o habiatam e o usufruem dele como fonte em nutrientes.


Você já imaginou a quantidade de lixo que sua residência produz por dia? E o lixo não orgânico que pode ser reciclado, como latas, plásticos, papéis e etc?
Reciclando seu lixo você preserva a natureza, ajuda na geração de emprego e renda para várias pessoas que vivem disso e fica com a sua consciência tranqüila. Informe-se junto à prefeitura da sua cidade se existe algum programa de reciclagem que você possa participar.


Mas o que fazer com o óleo vegetal que não será mais usado? A maioria dos ambientalistas concorda que não existe um modelo de descarte ideal do produto. Uma das alternativas é reaproveitar o óleo de cozinha para fazer sabão. A receita é simples e está no final desta matéria.

D'Avignon defende que quanto mais o cidadão evitar o descarte do óleo no lixo comum, mais estará contribuindo para preservar o meio ambiente. Segundo ele, uma das soluções é entregar o óleo usado a um catador de material reciclável ou diretamente a associações que façam a reciclagem do produto. "Se nós conseguirmos dar algum valor de compra desse óleo para o catador, para que ele seja usado na produção de biodiesel, a gente vai fazer com que haja um ciclo de vida desse produto, para que ele volte para o sistema produtivo e produza biodiesel e isso substitua o consumo de óleo diesel", sugere o professor.



Receita para fazer sabão a partir do óleo de cozinha:


Material:

5 litros de óleo de cozinha usado

2 litros de água

200 mililitros de amaciante

1 quilo de soda cáustica em escama


Preparo:

Coloque a soda em escamas no fundo de um balde cuidadosamente. Coloque, com cuidado, a água fervendo e mexa até diluir todas as escamas da soda. Adicione o óleo e mexa. Adicione o amaciante e mexa novamente. Jogue a mistura numa forma e espere secar. Corte o sabão em barras. ATENÇÃO: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.


Fonte: Agência Brasil

sábado, 2 de agosto de 2008

Limitações na experimentação animal

Em pauta:
Reproduzo abaixo um texto publicado no blog da Veja pela geneticista Mayana Zatz. Um leitor indaga sobre a reprodutilidade em humanos dos testes com célula-tronco realizados em animais experimentais. A cientista reporta as limitações e as dúvidas quanto a transferência dos resultados obtidos em cobaias não humanas para seres humanos.
Doutora Mayana, sempre despertou minha curiosidade o fato de pesquisadores utilizarem elementos da biologia humana nos testes em animais. Eu explico. Suponha que queiramos saber se uma célula-tronco (CT) humana transforma-se em músculos. Para isso, primeiro os pesquisadores pegam as CT humanas e implantam essas células em músculos de uma cobaia, digamos um camundongo. Mas suponha que a experiência não tenha dado certo. Como saber se o fato de uma CT humana não ter virado músculos em camundongo tem ou não relação com diferenças biológicas entre homem e camundongo? Será que se ela tivesse sido implantada em humanos, ao invés de camundongos, teria virado músculos? (Marcelo)

Prezado Marcelo, sua questão é extremamente relevante. O que observamos com a experiência que fizemos em camundongos é que células-tronco humanas, derivadas de tecido adiposo, têm o potencial de se transformar em músculo. Mas e se o experimento não tivesse dado resultados positivos em camundongos? Será que teria funcionado em seres humanos?
Essas são as limitações das pesquisas visando terapias
Não podemos testar diretamente em seres humanos. Recebo diariamente dezenas de e-mails de pessoas com doenças graves, progressivas, oferecendo-se para serem cobaias. Seres humanos não são cobaias. Não podemos submetê-los a nenhum experimento antes de avaliar os riscos de cada procedimento. Mas voltando ao experimento com as cobaias. Se não tivéssemos encontrado células humanas nos músculos dos camundongos eu me perguntaria: a) Foram rejeitadas pelo sistema imunológico do camundongo? Ou b) não se transformaram em músculo por causa das diferenças biológicas entre homem e camundongo?
A cada resposta, abre-se um leque de novas perguntas...
Para responder a primeira pergunta eu poderia usar camundongos especiais chamados nude (pelados). Esses camundongos, chamados de “pelados” porque não tem pêlo, nascem sem o timo. Por causa disso, seu sistema imunológico não funciona e eles não rejeitam organismos estranhos. São muito usados em experiências como essas, de transplantes de células humanas. Aliás, entre os vários experimentos que fizemos, um deles foi mostrar que os nossos camundongos tinham o sistema imunológico normal e mesmo assim não rejeitaram as células humanas. Se a nossa experiência não tivesse funcionado mesmo em camundongos nude, a segunda pergunta ficaria sem resposta. Mas ainda temos muitas questões...
Os resultados positivos em camundongos significam que vai funcionar em seres humanos?
Não sabemos, embora a torcida seja enorme. Por isso, precisamos repetir esse experimento em modelos animais mais semelhantes ao homem, como o cão. E novamente teremos a dúvida. Se não der certo, seria por causa das diferenças biológicas entre o homem e o cão? Se der certo, ainda não é uma certeza que vai funcionar em humanos, mas será muito animador. É o passo mais próximo a que podemos chegar antes de testar essa estratégia em pacientes.

 
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