segunda-feira, 28 de julho de 2008

Gabriel, seis anos...

Esse moço de seis anos de idade tem um amigo chamado Fidel. O loirinho e o pretinho são inseparáveis. Um dia Gabriel descobriu que o leite que sua dedicada mãe oferecia não vinha da caixinha, mas era retirado de uma vaca. Imediatamente Gabriel decidiu que não beberia nada roubado dos animais. Ele também havia decidido que não comeria ovo, porque o ovo é a casa do pintinho. Se alguém está pensando que Gabriel é filho de ativistas ou de vegetarianos, não é não. Gabriel, na classificação reganiana (ver mais em svbpoa), é um vinciano, isto é, um ser que apresenta consciência dos direitos animais de forma inata e precoce. Sua mãe declara: “é uma coisa natural nele, nem ensinado, nem incentivado”. Gabriel jamais sente medo de animais que encontra na rua. Ao contrário, quer levá-los para casa. Como não tem autorização para tal, adotou o Fidel, que carrega o estigma de gato preto, desprezado e mal visto por muitas pessoas. Só que Fidel nem sonha com esse preconceito, já que vive encarapitado em Gabriel.
Enquanto em casa, todos comem balas e porcarias, nosso pequeno herói se delicia com brócolis, abobrinha e uva passa. Numa famosa lanchonete que atrai a criançada com mil truques, Gabriel até vai, mas chegando lá come salada e maçã in natura de sobremesa. Gabriel não come carne (só faz uma exceção para carne de galinha porque uma vez foi bicado por uma galinha e delas não tem pena). Bom, Gabriel tem seis anos e muito tempo pela frente para conhecer melhor as galinhas e descobrir que aquela que o bicou nem sonhava que estava diante de um menino que ama verdadeiramente os animais.
E, para incentivar as crianças a não beberem o leite das vaquinhas, Gabriel dá todas as dicas de bebidas saudáveis e não cruéis, sendo um excelente guia de referência para bebidas não lácteas.






sexta-feira, 18 de julho de 2008

Ômega-3 e vegetarianismo

Em pauta

Muitos vegetarianos acabam não consumindo o ômega-3, pensando que somente no peixe esta gordura é encontrada, por isso o blog Vegetarianismo em pauta resolveu pesquisar e informar a todos, vegetarianos ou não que o ômega-3 pode ser encontrado de diversas maneiras e não necessariamente no peixe ...

Importante: A gordura do tipo ômega-3 na dieta vegetariana deve ser avaliada com relação à quantidade ingerida e a proporção com o ômega-6.

O nosso organismo não consegue sintetizar alguns tipos de gorduras, que são as gorduras do tipo ômega-3 e ômega-6. Dizemos então que essas duas gorduras são essenciais.

A proporção ingerida entre essas duas gorduras também é importante para o equilíbrio de diversas funções do organismo (reação inflamatória, imunológica...).


Estudos demonstram que vegetarianos têm ingestão muito rica em ômega-6 e menor em ômega-3.



Enfatize o uso de alguns alimentos:


Algas em quantidades generosas.
Sementes de linhaça moídas (1 colher de sopa = 15ml) contém 1,9 a 2,2 g de ômega-3..
Óleo de linhaça (1 colher de chá = 5 ml) contém 2,7 g de ômega-3.
Nozes, feijão de soja.
Óleo de canola.
A vez da linhaça

Menos badalado do que a soja, mas igualmente nobre, este grão faz maravilhas para sua saúde e ajuda a prevenir até câncer de mama. Por Bárbara Ceotto.

Os valores nutricionais dessa pequena semente, dourada ou marrom, que cresce na China, nos EUA, no Canadá, na Europa e agora no Brasil, já são bem conhecidos. Rica em proteínas, fibras, vitaminas e minerais, ela está incorporada à massa de vários pães e biscoitos. A novidade agora são os estudos que indicam a linhaça como a principal fonte de ácidos graxos do tipo ômega 3, que combatem as obstruções nas artérias, causadoras de doenças cardíacas.

Até hoje, as fontes mais conhecidas de ômega 3 eram os peixes de águas profundas. Pesquisas já comprovaram que o óleo de linhaça tem 60% de ômega 3, enquanto o óleo de salmão tem 30%. "Os ômega ajudam na construção de moléculas de hemoglobina, que carregam o oxigênio pelo sangue, e exercem uma ação antioxidante e de renovação celular", esclarece Marco Ortis, clínico geral e nutricionista de Vitória.

"Ácidos graxos essenciais, como os ômega, estimulam a produção de prostaglandinas, compostos que melhoram a circulação sanguínea e removem o excesso de sódio dos rins, diminuindo a retenção de líquidos, inclusive durante o período pré-menstrual", afirma Barbara Wren, nutricionista do College of Natural Nutrition de Devon, na Inglaterra.

Mas não é só isso. Segundo estudos realizados pela professora canadense de Ciências de Nutrição Lilian Thompson, a semente de linhaça ajuda na prevenção do câncer de mama por neutralizar a ação do estrógeno sobre essa glândula. "Além de ser fonte de ômega, a semente tem componentes ricos em fitoesteróides (as lignanas), substâncias que imitam a ação do estrógeno", explica Dirceu Pereira, diretor médico da Profert - Reprodução Humana, de São Paulo. No entanto, os hormônios de origem vegetal são bem mais fracos e praticamente não têm efeito negativo sobre as células do tecido mamário. Eles conseguem enganar os receptores do estrógeno, bloqueando sua ação.

Fonte - imagem: Google.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Legumes selecionados

Segue abaixo uma receita de minha autoria.


Legumes selecionados
Ingredientes



350 gramas de brócolis cozidos, cortados em tiras.

2 cenouras cortadas em rodelas, sem casca.

3 pepinos pequenos em conserva, cortados em rodelas.

1 colher de chá de alecrim .

1 colher de chá de sal.

1 tablete caldo Knorr de legumes.

Um fio de azeite de Oliva.

Uma pitada de orégano.

5 azeitonas sem caroço picadas.

3 batatas cozidas cortadas em quadrado.

1/2 cebola picada.

Um dente de alho amassado.

3 xícaras de chá com água.



Modo de preparo

Em uma panela, jogar um fio de azeite de oliva, depois a cebola e o alho. Quando estiverem dourados, jogar a batata, a cenoura, o alecrim, o sal, o caldo Knorr, e logo em seguida a água. Deixe cozinhar por volta de 10 min tudo. Deixar o fogo brando. Depois que todos os legumes estiverem cozidos, retire a água. Uma dica: cozinhe o brócolis separado, assim facilita depois cortar e misturar junto com os demais legumes. Pois o brócolis cozinha mais rápido.
Em um recipiente de vidro, coloque os legumes cozidos e misture com a azeitona, o pepino e salpique tudo, com leve toque de azeite de oliva e de orégano.

Sirva ainda quente. Bom apetite!

Segue abaixo a foto retirada dos legumes:


domingo, 6 de julho de 2008

Domingo em família

Em pauta

O domingo nunca foi tão chato e desgastante como o de hoje para mim, em especial.
Por educação ou para não ter que ouvir depois comentários infelizes sobre "radicalismo", "fanatismo" e "frescura", participei do almoço em família.
Como o final de semana é típico para algumas famílias se reunirem à mesa também, o churrasco vira a sensação do dia.
Uma das dúvidas que as pessoas têm é sobre as opções de comida que um vegetariano tem em um churrasco, afinal a carne é o "prato principal". Confira nossas dicas para você aproveitar um churrasco com muita saúde e prepare-se: todos os onívoros presentes vão querer comer sua comida vegetariana! Bom apetite!


As receitas estão em ordem alfabetica de ingrediente.


ABACAXI: Corte-o em rodelas, salpique canela e coloque na grelha para assar.


ABOBRINHA: Corte fatias de abobrinha em comprimento ou em rodelas. Passe um pouco de sal, azeite e algumas ervas aromáticas a sua escolha e grelhe por alguns minutos.


BATATA: Cozinhe a batata(com casca) por 10 minutos. Depois, embrulhe-a em papel alumínio e asse até ficar macia.

BATATA VINAGRETE: Asse pedaços de batata e, quando esfriar, tempere com salsinha, cebola picada, vinagre, sal e azeite.


CEBOLA: Corte a cebola ao meio, tempere com azeite, sal e pimenta do reino. Embrulhe em papel alumínio e deixe sob que a grelha até estar macia.


MAIONESE: Para os veganos, nos mercados já é possível encontrar maionese sem ovos. Para os ovo-lacto-vegetarianos, utilizem a maionese convencional.Pique legumes como cenoura e batata em pedaços pequenos. Acrescente ervilhas e misture tudo com um pouco de maionese. Tempere com salsinha, pimenta do reino, um pouco de sal(se necessário) e azeite.


SALSICHA VEGETAL / HAMBÚGUER VEGETAL: Podem ser grelhados na churrasqueira normalmente.


SOJASCO - Receita para 4-5 pessoas (receita por Daniel Coelho)
Obs.: Preparar 1 dia antes.


· Ingredientes (Todos encontrados em qualquer supermercado, confira!)
500 gramas de pts (proteína texturizada de soja) clara ou escura1 cebola grande bem picada1 colher de alho picado10 colheres de sopa de vinagre4 caldos em pó de legumes ( Kitano )4 colheres de sopa de azeite3 colheres de sopa de oréganosal a gosto.



Opcionais para acrescentar no espetinho
1 pimentão vermelho cortado um pouco maior que a pts
1 pimentão verde cortado um pouco maior que a pts
Cebola cortada
150 gramas de azeitona sem semente
150 gramas de champignon inteiro
1 lata de salsicha de soja da Superbom.
· Preparo
Primeiro passo
a
- em um recipiente grande, colocar toda pts em seguida jogar água quente +/- 1 Litro

b - acrescentar 5 colheres de sopa de vinagre
c - adicionar 1 caldo em pó de legumes
d - misture por 10 minutos, tempo de hidratar a pts. Após, eliminar boa parte do líquido deixando mais ou menos 2 dedos do líquido.
Segundo passo
Adicionar os demais ingredientes - cebola, alho, 5 colheres de sopa de vinagre, 2 caldos em pó de legumes 4 colheres de sopa de azeite, 3 colheres de sopa de orégano e sal a gosto. Vale experimentar a pts para saber se o teor de sal está bom ou não. Depois de bem misturado, cubra o recipiente e leve-o até a geladeira. Prepare 1 dia antes do evento tão esperado ;-).
Se possível, só monte os espetinhos depois de deixar o tempero por pelo menos 24 horas. Ao montar, misture mais 1 vez para o tempero aderir bem à pts.

Veja como fica:




Fonte: Vista-se

sábado, 5 de julho de 2008

Gary Francione: Por que o Veganismo é Sua Base Moral - PARTE II

Em pauta:
Segue a segunda parte da entrevista concedida a Revista The Vegan pelo Professor Gary Francione.
O que o leva a acreditar que os animais não-humanos têm o direito à vida?
Os não-humanos têm interesse em continuar a existir e devemos proteger esse interesse com um direito, se não quisermos ser especistas.
Um preceito central da posição bem-estarista é que, em termos factuais, os animais não têm interesse em continuar a viver e só se importam com o modo como os tratamos. Por exemplo, Jeremy Bentham, um dos principais arquitetos do bem-estar animal, afirmava que os animais não se importam se os matamos e os comemos; eles só se importam com o modo como os tratamos. PeterSinger também adota a posição dele.
Em meu trabalho, eu argumento que essa posição está errada. É um absurdo afirmar que os seres sencientes têm interesse em não sofrer, mas não têm nenhum interesse em continuar a viver. A senciência é um meio para os fins da continuação da existência; a senciência é uma característica que evoluiu em certos seres como um mecanismo para facilitar a existência continuada. Muitos animais não-humanos, assim como muitos humanos, suportarão um sofrimento terrível para continuar a viver. De qualquer forma, discordo de Bentham, Singer e outros que alegam que os animais não-humanos não têm interesse na existência continuada. A noção, promovida por Singer, de que a autoconsciência semelhante à humana é necessária para se ter um interesse em continuar a existir é escancaradamente especista.
Se eu estiver correto e os animais não-humanos, assim como os humanos, tiverem interesse em continuar a viver, e se formos tratar esse interesse como moralmente significativo, então devemos aplicar o princípio da igual consideração e dar, a esse interesse do animal, a mesma proteção que damos ao interesse dos humanos em não ser usados como mercadorias.
Nós não achamos apropriado tratar um humano, seja ele quem for, exclusivamente como um meio para os fins de outro. Não achamos apropriado tratar humano algum como mercadoria. Não consideramos a escravidão — mesmo a escravidão “humanitária” — moralmente aceitável. Conferimos a todo ser humano, independentemente de sua inteligência ou outras características, o direito de não ser tratado como propriedade de outro.
Não há qualquer razão moralmente válida para negarmos esse direito aos não-humanos. Devemos conferir a todo não-humano senciente o direito de não ser usado como mercadoria.
Esta é uma breve resposta a uma questão importante e complicada. Quem estiver interessado em mais discussão sobre este assunto pode dar uma olhada em meu livro Introduction to Animal Rights: Your Child or the Dog? (2000).
Considerando-se que as atitudes da maioria dos seres humanos são especistas, sua posição abolicionista é realista?
Certamente. De fato, a promoção do veganismo, que considero a base do movimento abolicionista, é a única posição realista. O único modo pelo qual conseguiremos efetuar uma mudança expressiva quanto a usarmos e tratarmos os animais é construindo um movimento político e social de indivíduos que são comprometidos com a abolição e que reconhecem que não podemos levar os interesses dos animais a sério enquanto continuarmos a comer carne, leite, ovos, etc.
Podemos construir esse movimento, mas precisamos apresentar uma posição abolicionista clara e consistente, que tem como base moral o veganismo. Sim, as pessoas são especistas. Nós não vamos, entretanto, ajudá-las a rejeitar o especismo se nossa mensagem for a de que não devemos comer vitela vinda de bezerros criados em baias apertadas, mas devemos, em vez disso, comer vitela vinda de bezerros “criados soltos”. Nós não vamos ajudar as pessoas a enxergarem que o sexismo é errado, se as incentivarmos a assistir apenas àqueles filmes pornográficos cujos atores recebem certos benefícios empregatícios. A mesma análise se aplica ao contexto animal. Nós certamente não vamos conseguir nada com um movimento que diz que temos de tratar os animais “humanitariamente” e que podemos ser “onívoros conscienciosos”. O que não é realista é o bem-estar animal, e não a posição abolicionista. A posição do bem-estar animal irá apenas facilitar a continuação da exploração dos animais não-humanos. Acho extremamente preocupante que a maioria das grandes organizações de defesa animal ou não promovem o veganismo em absoluto, ou tratam-no como algo possível apenas para meia dúzia de heróis. O veganismo deveria ser apresentado como a posição normal, ou “automática”, do movimento.
Em suma, não seremos capazes de mudar as atitudes especistas se as reforçarmos, e isto é precisamente o que o bem-estar animal faz. Toda afirmação de que é aceitável continuarmos a explorar não-humanos — por mais “humanitariamente” que o façamos — não constitui progresso.
Por que você diz que o uso que a PETA faz do apelo sexual em suas campanhas é destrutivo?
Enquanto continuarmos a tratar as mulheres como mercadorias — e sexismo é isto — continuaremos a tratar animais não-humanos como mercadorias. Há uma relação muito profunda entre especismo e sexismo. Precisamos enxergar que o problema é a transformação de pessoas em mercadorias. Precisamos rejeitar isso em todos os contextos. O especismo é moralmente inaceitável porque, assim como o sexismo, o racismo e a homofobia, trata uma característica irrelevante (sexo, raça, orientação sexual) como uma barreira contra a total participação na comunidade moral.
Devo acrescentar que penso que, em termos práticos, as campanhas sexistas da PETA não fizeram nada mais do que banalizar a questão da exploração animal. E essas campanhas não tiveram sucesso, embora o sucesso não as tornaria moralmente corretas. Veja a campanha contra as peles, que era o principal foco da PETA. A indústria da pele nunca esteve tão forte quanto agora.

 
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