sexta-feira, 27 de junho de 2008

Gary Francione: Por que o Veganismo é Sua Base Moral - PARTE I

Em pauta:
Postarei em dois momentos distintos partes da entrevista concedida a Revista The Vegan pelo Professor Gary Francione.
Qual a diferença que você vê entre bem-estar animal e direitos animais?

O bem-estar animal afirma que é moralmente aceitável usar os animais não-humanos para propósitos humanos, contanto que tratemos os animais “humanitariamente” e não os sujeitemos a um sofrimento “desnecessário”. O objetivo do bem-estar animal é a regulamentação do uso dos animais.
A posição dos direitos animais é a de que não temos nenhuma justificativa moral para explorar os não-humanos, por mais “humanitariamente” que o façamos. O objetivo dos direitos animais é a abolição do uso dos animais.
Existem alguns defensores dos animais — aos quais eu chamo de “neobem-estaristas” em meu livro Rain Without Thunder: The Ideology of the Animal Rights Movement — que dizem abraçar a abolição como objetivo a longo prazo, mas que argumentam que regulamentações bem-estaristas a curto prazo são a única coisa que podemos fazer, em termos práticos, para ajudar os animais agora. Além do mais, os neobem-estaristas alegam que regulamentações melhores levarão, eventualmente, à abolição.
Eu considero ambos os preceitos da posição neobem-estarista errados.
O que você chama de posição “neobem-estarista” caracteriza a posição de muitas organizações de defesa animal. Por que você a considera errada?

Sem levar em conta que um movimento abolicionista deve empregar meios abolicionistas para atingir seu objetivo, não existe nenhuma evidência histórica de que as regulamentações bem-estaristas levem à abolição. Ao contrário, o bem-estar animal tende a fazer o público sentir-se melhor quanto à exploração animal. De qualquer maneira, já temos a regulamentação do bem-estar animal há 200 anos e ela não resultou na abolição de qualquer exploração institucionalizada. Estamos explorando mais não-humanos hoje do que jamais exploramos.
Quanto à questão da orientação normativa, a teoria dos direitos prescreve uma mudança incremental imediata na forma do veganismo. O veganismo é aquilo que cada um de nós pode fazer já. O veganismo não é uma mera questão de dieta; é um compromisso moral e político com a abolição da exploração animal no nível individual. Já encontrei muitos defensores dos animais que afirmam ser adeptos dos direitos animais e da abolição, mas que continuam a comer produtos de origem animal – e muitas das grandes organizações de defesa animal minimizam a importância do veganismo. Em minha opinião, isso não é diferente de alguém que afirma ser a favor da abolição da escravidão mas continua a possuir escravos.
Não há nenhuma diferença significativa entre carne e laticínio (ou outros produtos de origem animal). Os animais explorados na indústria de laticínios têm a vida mais longa do que os que são usados por sua carne, mas são mais maltratados durante aquela vida e terminam no mesmo matadouro, depois do quê consumimos sua carne do mesmo jeito. Há provavelmente mais sofrimento num copo de leite, ou num sorvete, do que num bife.
No nível social e político, deveríamos estar pondo os recursos do movimento em campanhas criativas para encorajar o veganismo, e não em campanhas para mais exploração “humanitária”. As campanhas pelo veganismo têm um impacto mais direto na redução da exploração animal, através da diminuição da demanda, e representam passos incrementais significativos rumo à abolição.
Por favor, explique com mais detalhes por que você diz que é equivocado elogiar grupos que fazem campanhas a favor de melhores padrões de bem-estar para os animais criados em fazendas.

Eu rejeito essas campanhas bem-estaristas por várias razões.
Primeiro, não acho que a maioria dessas campanhas resultou, ou resultará, em proteção significativamente maior aos interesses dos animais. Conforme expliquei em meu livro Animals, Property, and the Law, os animais são propriedade. Eles são mercadorias.
Até onde respeitamos os interesses dos animais, isto tem um custo econômico. O resultado é que os padrões do bem-estar animal raramente vão além da proteção necessária à exploração dos não-humanos de um modo economicamente eficaz, dados determinados usos.
Segundo, até onde essas campanhas trazem quaisquer benefícios para os animais, esses benefícios com certeza acabam pesando menos do que o fato de os exploradores poderem exibir os elogios dos defensores dos animais a seu tratamento supostamente “humanitário” dos não-humanos. Por exemplo, depois que o McDonald’s concordou em exigir que seus fornecedores seguissem certas diretrizes para o abate, concebidas pela consultora da indústria da carne Temple Grandin, a PETA deu um prêmio a Grandin e, junto com Peter Singer e outros pretensos defensores dos animais, elogiou publicamente o McDonald’s por liderar a melhora do tratamento dos não-humanos. Singer, PETA, Tom Regan e outros elogiaram a Whole Foods, Inc. e seu executivo-chefe, John Mackey, pelos seus padrões de “Compaixão Animal”, os quais supostamente exigem o tratamento “humanitário” dos animais que são vendidos como cadáveres nos estabelecimentos da Whole Foods.
Esses tipos de ação reforçam no público a noção de que podemos explorar os animais de um modo moralmente aceitável se apenas melhorarmos o tratamento dado a eles. De fato, Singer afirma explicitamente que não precisamos ser veganos, ou mesmo vegetarianos; podemos ser “onívoros conscienciosos” se tomarmos o cuidado de comer carne e laticínios produzidos de uma maneira “humanitária”. Mas se você disser às pessoas que elas podem ser “onívoras moralmente conscienciosas”, pode ter certeza de que elas não vão sentir necessidade de se tornar veganas. Isso é contraproducente em termos práticos.
Terceiro, considero seriamente problemática, em termos de ideologia do movimento, a posição de que a exploração mais “humanitária” é uma resposta moralmente aceitável à exploração animal. Claro que é “melhor” causar menos dano do que mais dano, uma vez que você tiver decidido causar dano. Por exemplo, é “melhor” que um estuprador não dê uma surra em sua vítima além de estuprá-la. Mas diríamos que podemos ser “estupradores conscienciosos” se evitarmos surrar as vítimas de estupro? Claro que não.
De forma análoga, se formos infligir dano aos animais, é “melhor” infligirmos menos dano, e não mais dano. Então, em certo sentido, eu suponho que seja melhor comer um animal que foi torturado menos, ser formos comer animais. Mas será que isso quer dizer que estamos agindo moralmente ao comermos animais criados em circunstâncias supostamente mais “humanitárias”? Não no meu modo de ver.

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tornar-se vegetariano



É comum ouvirmos alguém falar que gostaria de ser vegetariano, mas entre razões exclusivamente egocêntricas, acabam desistindo, ou é pela saúde ou pelo bem-estar.
Informações básicas

A dieta vegetariana é uma dieta rica em sabores e prazeres, basta saber como e o que fazer.

A introdução da dieta vegetariana irá exigir que você aprimore seus conhecimentos culinários e introduza alimentos que irão repor o que possui na carne para nosso corpo carnal. Devemos também lembrar que a opção do vegetarianismo é uma opção pessoal, e não devemos impor o aos outros. Se o impusermos aos nossos amigos e familiares podemos gerar problemas sérios, porque a razão principal do vegetarianismo é o amor pelos animais. E ninguém consegue introduzir CONSCIÊNCIA numa pessoa.
Encontrar motivos para tornar-se vegetariano não é difícil, citarei abaixo motivos:
- As Aves: Antigamente as aves demoravam quase 1 ano para chegar ao tamanho do abate, hoje em 1 mês e meio elas estão em tamanho adequado, isso "graças" a um revolucionário sistema onde os animais ficam em estufas de dias intermináveis com iluminação noturna, eles não dormirem e não param de se alimentar. Milhares de pintinhos são moídos vivos ou afogados por que não podem ser reprodutores. Entre as técnicas de abate, os frangos são afogados ou sofrem choque térmico.

- O Porco: Você já viu um porco morrer? Independente do método de abate, o porco, um animal extremamente sensitivo começa a berrar no instante em que sua morte foi decretada, ou seja a partir do momento que o responsável para o abate sai em direção ao porco, pode ser a muitos metros de distância, o animal começa a berrar e são nítidas as lágrimas no olho do animal, porco também chora e principalmente sente!!!

- Porque em todo pacote de galinha/frango tem uma pequena quantidade de fezes! Um estudo da USDA diz que em 98% de pacotes de galinha/frango foi detectado a bactéria E.coli, indicando contaminação fecal!!!
- Porque os grãos utilizados para alimentar os animais para o abate poderiam ser utilizados para alimentar pessoas famintas! 80% da agricultura dos U.S é usada para alimentar galinhas, porcos e outros tipos de animais de fazenda; 70% dos grãos produzidos são para alimenta-los. Se essa massiva quantidade de grãos, soja, milho que agora abastessem uma fazenda (fábrica!) de animais fosse dispensada, eles poderiam alimentar todos os famintos do mundo.Os países africanos - onde milhões morrem de fome - exportam grãos para o primeiro mundo para engordar animais que vão parar na mesa de jantar das nações ricas.

- Porque se comêssemos as plantas que cultivamos ao invés de alimentar animais para corte, o déficit mundial de alimentos desapareceria da noite para o dia. Lembre-se que 100 acres de terra produz carne suficiente para 20 pessoas, grãos suficientes para alimentar 240 pessoas! Todos os anos 400 toneladas de grãos alimentam animais de corte - assim os ricos do mundo podem comer carne. Ao mesmo tempo, 500 milhões de pessoas nos países pobres morrem de fome. A cada 6 segundos alguém morre de fome por que pessoas no Ocidente estão comendo carne. Cerca de 60 milhões de pessoas morrem de fome por ano. Todas essas vidas poderiam ser salvas, porque estas pessoas poderiam estar comendo os grãos usados para alimentar animais de corte se os norte-americanos comessem 10% a menos de carne.

- Porque os animais que morrem para a sua mesa de jantar morrem sozinhos, em pânico e terror, em profunda depressão e em meio a grande dor. A matança é impiedosa e desumana.

- Porque as reservas de água fresca do mundo estão sendo contaminadas pela criação de gado de corte. E os produtores de carne são os maiores poluidores das águas. Se a indústria de carne nos EUA não fosse subsidiada em seu enorme consumo de água pelo governo, algumas gramas de hambúrguer custariam US$ 35.

- Porque se você come carne, está consumindo hormônios que foram administrados aos animais. Ninguém sabe os efeitos que estes hormônios causam à saúde. Em alguns testes, um em cada 4 hambúrgueres contém hormônios de crescimento originalmente administrados ao gado.

- A carne não contém absolutamente nada de proteínas, vitaminas ou minerais que o corpo humano não possa obter perfeitamente de uma dieta vegetariana.

- "Carne" pode incluir rabo, cabeça, pés, reto e a coluna vertebral de um animal.
- Vegetarianos são mais aptos fisicamente do que comedores de carne. Muitos dos mais bem-sucedidos atletas do mundo são vegetarianos.

Quantas vezes sou questionada pela minha decisão em ser vegetariana e não comer carne? Quantas vezes as pessoas vem a mim com perguntas bobas, querendo de alguma maneira provar que minha opção é infundamental e que comer carne é o mais natural? Quantas vezes sou importunada com essas coisas mesmo por pessoas que tem a melhor das intenções? Já perdi a conta, há muito tempo.

Todo vegetariano tem os mesmos motivos para sê-lo? Cada um na sua, mas com alguma coisa em comum. Tem gente que não come carne por que não gosta. Outros por seguirem a alguma doutrina (alguns tipos de yoga e religiões por exemplo). Os etecéteras são infinitos. Mas o que prevalece realmente, o verdadeiro vegetariano, é a ÉTICA E A CONSCIÊNCIA.

Você não come nenhuma carne, o que você come então? Não como nenhuma carne. Definindo bem: não como nada que tenha olhos, boca, nariz, patas, asas, ande, respire, salte ou voe.

Mas se você é contra a crueldade animal, como pode comer ovos e beber leite?
Realmente este é um ponto que estou tentando retirar da minha alimentação. E estou me esforçando, faz algum tempo que não como ovos e nem tomo leite, apenas leite de soja. E procuro SEMPRE ler as embalagens de produtos como: massas, pães, bolos, etc. Também procuro não comer queijos à base de coalho.


Você sabia que a carne é responsável pela evolução do nosso cérebro, certo? O que tem a dizer sobre isso?
Tenho a dizer que, sim, a carne representou um papel importantíssimo na evolução do homem, fornecendo proteínas de excelente qualidade de forma rápida. Na época em que essa evolução (crescimento acelerado da massa encefálica) se deu, não existia agricultura e ninguem sabia ser possível extrair proteínas de plantas - na verdade ninguém sabia o que era proteína, ou que ela era necessária. Obter proteínas de plantas requer tecnologia, e essa tecnologia só foi possível por que o homem evoluiu a tempo, e sim, a carne foi peça chave. Mas e daí? O petróleo foi peça chave na evolução da civilização: fábricas, carros, energia. Hoje em dia é um dos maiores vilões, provocando guerras, poluindo e se tornando alvo de preocupação constante, pois um dia vai acabar e o mundo contemporâneo é altamente dependente dele.

O ser humano é onívoro e seu organismo é preparado para comer carne, por que negá-lo essa fonte de nutrientes e proteínas? Pois é, onívoro, comemos de tudo. Mas a carne está sempre, em qualquer cardápio (basta olhar o menu de qualquer restaurante) como peça central, como se fosse indispensável. O consumo de carne no mundo atingiu um nível tão elevado que somos obrigados a ter fábricas de carne, onde animais são tratados sem nenhum respeito para que nossos apetites carnívoros infinitos sejam saciados. De tudo o que comemos, a carne é disparado o alimento que mais dá trabalho ao sistema digestivo para ser processado e eliminado, chegando a ficar por três dias dentro dos intestinos (nojento!). Ou seja, uma pessoa que come carne todos os dias, está constantemente com matéria putrefata dentro da barriga. Legal, né?

Vegetariano se acha superior, só por que tem pena dos animais, não é?
Seria muito importuno de minha parte falar que sim, que realmente os vegetarianos são superiores, porque não é questão de superioridade, mas pense comigo: eu não como animal algum, não mato, não contribuo com a carnificina, o meu prato não contém sangue, dor, fezes, pus, etc. Eu AMO os animais! Eu quero-os vivos, sobrevivendo. Para quê matar, comer um animal, enquanto eu amo outros? Isto tem lógica?! Há muitos atletas, artistas, pessoas altamente com um grau de inteligência que se tornaram vegetarianos. Será que eles também são loucos, radicais, anormais?! Hoje, ser vegetariano não é mais uma questão de saúde, é uma questão de ética, de compaixão, de amor aos animais. Ninguém morre de fome sem carne, pelo contrário, sobrevive mais, a qualidade de vida aumenta em um escala absurda, vejam os gráficos, pesquisem, procurem, se informem! Hoje só não é vegetariano quem não quer, quem fecha os olhos para comer.

"Enquanto o homem continuar a ser destruidor impiedoso dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor." Pitágoras

"Mas você pode estar se perguntando: como recomendar uma dieta vegetariana em um país onde tantos passam fome e onde um quilo de frango sai mais barato que um quilo de muitos legumes ou grãos? Ora, em um país de dimensões continentais como o Brasil, chamado de celeiro do mundo, pode-se reduzir muito o preço dos alimentos plantando-se mais e adotando-se uma dieta mais rica em verduras e frutas. Transformar animais em alimento é antie-conômico; na verdade, representa enorme desperdício. No mesmo espaço ocupado por um boi para produzir cerca de 210 quilos de carne, no período de 4 a 5 anos, colhe-se, no Brasil, em média, 19 toneladas de arroz; ou 8 toneladas de feijão; ou 34 toneladas de milho; ou 32 toneladas de soja; ou 23 toneladas de trigo. Para produzir um quilo de carne bovina são necessários aproximadamente 7 quilos de grãos. Os dados falam por si. A fome no Brasil não é um problema econômico, mas político." -
Marly Winckler, socióloga, autora de "Vegetarianismo — Elementos para uma conversa sobre" e autora do prefácio do livro "A Dieta Saudável dos Vegetais".

Pense nisso: Você conhece a educação de um povo pela maneira como tratam seus animais e sua natureza? Gandhi


Fonte - imagem: Getty images

domingo, 22 de junho de 2008

Motivos e razões

Motivos e razões da dieta vegetariana em relação à saúde

Estatísticas indicam que pessoas seguindo dietas vegetarianas têm menor incidência de doença cardíaca, câncer e osteoporose. A American Dietetic Association diz que: "embora fatores não relacionados à dieta, como atividade física e abstinência do fumo e álcool, possam ter um papel importante, a dieta [sem carne, vegetariana] é claramente um fator "que contribui para a redução das taxas de várias doenças degenerativas."

Pesquisadores como Dean Ornish têm obtido bons resultados no tratamento de pacientes cardíacos com a dieta vegetariana estrita, exercício físico e programa de redução de estresse. Há também aspectos nutricionais que encorajam o consumo de frutas, vegetais e cereais e a diminuição de carnes e gorduras.
Considerações
Os seres humanos são onívoros desde tempos ancestrais; temos os dentes (incisivos e molares) e o sistema digestivo de animais que comem tanto carne quanto vegetais. Quase todos os primatas superiores, dos quais somos parentes, são onívoros, exceto o gorila. No passado muitas pessoas comiam carne apenas ocasionalmente porque ela era cara e não facilmente disponível. Mas a dieta vegetariana estrita é algo relativamente novo na história da humanidade em termos evolucionários. Hoje nós podemos plantar e cozinhar os nossos alimentos. Somos capazes de sobreviver através do plantio de grãos, legumes e frutas. Não precisamos matar os animais para o nosso consumo. Estes, assim como nós, possuem necessidades e sensibilidades, isto é, seres senscientes.
Há vários motivos que uma pessoa se torna Vegetariana, cada um segue uma linha de raciocío para se iniciar no estilo de vida vegetariana; pelos animais, pelo meio ambiente, pela fome mundial, entre outros fatores não menos importantes. Todavia, quando uma pessoa realmente se introduz e começa a conviver com esta consciência, não mais se torna um adepto, mas principalmente: torna-se ética e tem compaixão e respeito para com os animais.
Entretanto, a exclusão total de alimentos de origem animal exige alguns cuidados. Isto porque há uma maior dificuldade em se atingir a quantidade de proteínas e de algumas vitaminas e minerais necessários para um bom funcionamento do organismo, principalmente entre os vegetarianos ortodoxos. Desta forma, deve haver uma combinação adequada de alimentos para uma obtenção suficiente de nutrientes.
Para que você saiba um pouco mais sobre este estilo de vida, dê uma olhada nas características desta alimentação:

Proteínas

Ao contrário do que muitos dizem, é possível, na alimentação vegetariana, chegar ao equilíbrio de aminoácidos essenciais. Para tanto, deve-se combinar cereais, sementes, frutas, verduras, legumes e leguminosas, em especial a soja, já que é uma excelente fonte de proteínas vegetais. Estudos recentes mostram que a sua proteína é nutricionalmente equivalente à animal.
Vitaminas e minerais

O tofu, as folhas verdes escuras, sementes, cereais enriquecidos e grãos integrais são ricos em cálcio, zinco, riboflavina e outras vitaminas do complexo B. Já os laticínios, gema de ovo, fornece a vitamina B12.
Quanto ao ferro, dificilmente se atinge as necessidades nutricionais deste mineral. Isto porque os vegetais são fontes de ferro não-heme, ou seja, a sua forma menos absorvida - o organismo absorve apenas 1/4 do ferro não-heme proveniente dos vegetais, em relação ao ferro heme encontrado em carnes, peixes e aves. Desta forma, é importante a inclusão de alimentos fontes de vitamina C, como, por exemplo, suco de laranja ou de limão, potencializando, assim, a sua absorção.

Saúde
Não há dúvidas de que este grupo desfruta de algumas vantagens. Um exemplo disso é a obesidade, uma condição rara entre os adeptos da alimentação vegetariana. Além disso, tendem a apresentar níveis de colesterol mais baixos, reduzindo os riscos de virem a desenvolver aterosclerose, doenças do coração ou derrame cerebral.

A dieta vegetariana traz benefícios à saúde?

O posicionamento da ADA (American Dietetic Association) e nutricionistas do Canadá de 2003 reúne os principais estudos científicos sérios sobre vegetarianismo.



Confira os resultados:

- Redução das mortes por infarto (doença cardíaca isquêmica) em 31% em homens vegetarianos e 20% em mulheres vegetarianas (estudo com 76 mil indivíduos).
- Comparando a mortalidade por doenças cardíacas entre vegetarianos e semivegetarianos (no estudo considerado como consumidor de peixe ou carne 1 vez por semana), a mortalidade também é menor em vegetarianos.
Níveis sangüíneos de colesterol 14% mais baixos em ovo-lacto-vegetarianos do que nos comedores de carne.
- Níveis sangüíneos de colesterol 35% mais baixos em veganos do que nos comedores de carne.
- Menor pressão arterial (redução de 5 a 10 mm/Hm) nos vegetarianos.
Redução de até 50% do risco de apresentar diverticulite nos vegetarianos.
- Probabilidade duas vezes menor de apresentar pedras na vesícula nas mulheres vegetarianas (estudo com 800 mulheres entre 40 e 69 anos).
- Osteoporose: mulheres após a menopausa com dieta rica em proteína animal e pobre em proteína vegetal têm taxa mais alta de perda óssea e risco muito maior de ter fratura de quadril. Obs - Ainda não podemos afirmar que a dieta vegetariana protege da osteoporose.
- Aparentemente, o consumo de carne aumenta em até 3 vezes as chances de desenvolver demência cerebral.
- Aparentemente, uma dieta vegetariana sem derivados animais e com predominância de alimentos crus reduz os sintomas de fibromialgia.

Atenção: com bases nestes estudos e pesquisas elaborados para uma dieta consciente, saudável e sem crueldade, é importante ressaltar que, além destes, é preciso de exercícios físicos, a exclusão de tabaco, álcool e obesidade mórbida.
O exercício físico e a alimentação equilibrada são factores essenciais para uma vida mais saudável. Optar pelos alimentos certos e nas quantidades adequadas são atitudes cada vez mais construtivas nos dias de hoje.
Em suma, ser vegetariano é uma situação em que todos ganham: Os animais ganham; o meio ambiente ganha; e as pessoas ganham uma vida mais saudável e mais longa tendo consciência do que se vai dentro e fora de um prato de comida.
Por isso, mesmo algumas pessoas dizerem que, Vegetarianos são radicais, fanáticos, acredito que, ainda a humanidade necessita despertar naturalmente do seu extinto onívoro à consciência. Os animais precisam de nós, e nós temos a capacidade de ajudá-los, basta modificarmos a idéia de que eles estão na natureza para nos servir.
Fonte - imagem: Getty images.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Vegetarianismo a favor do meio ambiente

Em pauta:
A revista Época abordou recentemente em uma matéria o tema vegetarianismo e meio ambiente. Segue abaixo o texto.
Algumas pessoas se tornam vegetariana pela libertação animal e outras em busca da boa saúde, mas há um motivo muito importante que deve ser considerado por todos: a ação impactante que a pecuária tem sobre o meio ambiente. Em entrevista a ÉPOCA Online, o biólogo e ativista Sérgio Greif explicou um pouco mais sobre o assunto.
Impacto ambiental de uma dieta centrada na carne
A pecuária representa uma das atividades humanas mais impactantes para o meio ambiente, consumindo grandes quantidades de água, grãos, combustíveis fósseis, pesticidas e drogas. Esta atividade é também a principal causa por trás da destruição das florestas tropicais e outras áreas naturais, além de grande responsável por outros impactos ambientais, como a extinção de espécies, erosão do solo, escassez e contaminação de águas, desertificação, poluição orgânica e efeito estufa.
Destruição da flora e fauna natural
A maior parte do gado brasileiro é criada pelo sistema extensivo, onde os animais permanecem soltos no campo, ocupando vastas áreas. Neste sistema, considerado pouco produtivo, cada cabeça de gado necessita de um hectare (10.000 m²) de terra para engordar. O Brasil possui o maior rebanho comercial do mundo (mais de 200 milhões de cabeças), que necessita de uma área de pastagem de, no mínimo, 2 milhões de km² para ser sustentado. Esta área equivale a um quarto do território nacional. Estas pastagens eram anteriormente áreas naturais como cerrados, florestas tropicais, entre outros.
Quando ambientes naturais são destruídos para a formação de pastos ocorre a perda de biodiversidade na área: a maior parte dos animais e plantas nativos desaparecem do local, sendo substituídos por forrageiras invasoras e gado. A remoção da cobertura vegetal original transforma completamente o ambiente, tornando-o impróprio para sustentar a maior parte das espécies que antes ali viviam. Ainda, as raras espécies que se adaptam às novas condições tendem a ser eliminadas pelos fazendeiros, uma vez que entram em competição com o gado ou passam a predá-lo devido a ausência de suas presas naturais. Há também várias doenças, como a raiva, o antraz, a toxoplasmose e a febre maculosa, que são transmitidas do gado para os animais silvestres e vice-versa, o que freqüentemente resulta na eliminação dos animais silvestres.
A remoção da cobertura vegetal original para formar pastos não apenas compromete a biodiversidade, como também interrompe o equilíbrio e a reciclagem natural de nutrientes, como o que estamos observando no caso da Floresta Amazônica. Locais no planeta onde a atividade de pastoreio é mais antiga são testemunhas de que o homem de fato transforma florestas em desertos. O super-pastoreamento destrói toda a possibilidade de rebrotamento e crescimento vegetal. Além disso, quando o gado pisoteia massivamente o solo, este é compactado. Isto torna a absorção da água dificultada, além de possibilitar o arraste de material superficial pelo vento e pela água, resultando em processos erosivos.
Poluição do meio ambiente
A pecuária também é uma das mais importantes fontes de poluição do meio ambiente. Ela consome grandes quantidades de recursos, gerando resíduos e gases que contaminam o solo, a água e o ar. A produção de excrementos animais ultrapassa em muito a produção de excrementos das grandes cidades. Este excremento na maior parte das vezes não pode ser empregado na agricultura e não é direcionado para nenhuma estação de tratamento de esgotos, sendo inadequadamente disposto no ambiente. No meio ambiente, estes excrementos colocam em risco a saúde pública, estando associados à disseminação de coliformes fecais, proliferação de insetos e problemas de saúde como alergias, hepatite, canceres e outras doenças. Em alguns municípios catarinenses a suinocultura é responsável por mais de 65% da emissão de poluentes. A contaminação das águas superficiais por coliformes fecais em algumas regiões do Sul do Brasil chega a 85% das fontes naturais de abastecimento.
Mesmo em países desenvolvidos, onde a abundância de recursos permite um manejo mais adequando e melhor infra-estrutura, a insustentabilidade da pecuária torna impossível o controle efetivo da poluição. Por exemplo, países europeus como a Holanda, Inglaterra, Dinamarca, Alemanha, Bélgica e França apresentam problemas ambientais ocasionados pela pecuária muito mais graves do que os nossos. Os Estados Unidos já possuem áreas com níveis de contaminação alarmantes.
A pecuária e a água
A pecuária implica também um uso ineficiente da água. Cerca de 70% da água doce captada pelo homem dos rios, lagos e depósitos subterrâneos é destinada para uso agrícola, sendo que os 30% restantes são utilizados para as demais atividades, como consumo doméstico, atividade industrial, geração de energia, recreação e abastecimento. No Brasil, são necessários em média 2 mil litros de água para produzir cada quilo de soja. Por outro lado, para produzir cada quilo de carne bovina são necessários cerca de 43 mil litros de água. Nesse cálculo entram não só a água que os animais bebem, cerca de 50 litros/dia, mas também a água utilizada na produção de seu alimento.
O pecuarista não paga pela água que utiliza nem para os dejetos que o abatedouro gera. No preço da carne não estão contabilizados nestes custos, nem os prejuízos ao meio ambiente causados pela criação de animais. Todos estes custos são subsidiados pelo governo. Isto significa que o contribuinte arca com todos, para lucro exclusivo do setor pecuário.
Vegetarianismo contra a fome no mundo
Se compararmos nossa atual produção agrícola com a população humana hoje existente, veremos que não há motivos para a fome no mundo. Não há déficit na produção, pelo contrário, são produzidas cerca de 1,5 quadrilhões de calorias a mais do que seria necessário para sustentar nossa população. A fome só existe porque cerca de 25% dos grãos cultivados no mundo são utilizados na alimentação do gado. Mesmo o fato de que este gado será posteriormente utilizado para alimentar seres humanos não é justificativa, visto que a produção de carne representa um uso ineficiente dos grãos. Os grãos são utilizados de forma mais eficiente quando consumidos diretamente por seres humanos.
Vegetarianismo preservando florestas e áreas naturais
Caso o vegetarianismo fosse uma situação generalizada dentro de nossa espécie, seriam necessárias menos áreas de cultivo para sustentar nossa população. Muitas áreas naturais jamais precisariam ser tocadas e desta forma haveria uma maior preservação ambiental. Não haveria a situação de desperdício de recursos hídricos, pois seriam adotadas para cultivo apenas áreas próprias para agricultura, sem quase nenhuma necessidade de irrigação. A captação de água ocorreria basicamente para atender às cidades e às industrias, portanto haveria menor incidência de secas.
Por Cristiane Senna
Fonte: Revista Época

sábado, 14 de junho de 2008

Diga NÃO ao baby beef!

Em pauta:
Segue abaixo um texto que releta toda a crueldade que envolve a indústria da vitela. É chocante!

Milhares de bezerros são mortos, criados em gaiolas minúsculas para que não desenvolvam nem enrijeçam músculos, a fim de serem abatidos e vendidos como VITELA ou BABY BEEF, que é considerada uma carne nobre por sua maciez.

Vitela ou Baby Beef – o que você não vê: Sendo uma carne alva, tenra e considerada deliciosa, a vitela é apreciada em todo o mundo. Conseqüentemente, é uma das comidas mais caras que se conhece, o que estimula a ambição dos criadores, em sua ânsia por lucros. Assim que nascem, as pequenas vacas são retiradas da presença da mãe e isoladas em compartimentos individuais onde recebem um banho frio e passam a se alimentar com leite fornecido não em tetas, mas em recipientes ou canaletas. O ato de sugar, importante para esses pequenos seres, não lhes é permitido, o que produz um alto índice de ansiedade. Costumam então sugar qualquer coisa que lhes é dada, como dedos, pontas de roupas, etc.

Confinamento: Sua carne deve ser branca e macia. Para isso é necessário que os músculos dos animais não se tornem avermelhados, como os tecidos de vacas adultas. A técnica de produção da vitela mostra que é preciso evitar a atividade muscular para impedir a oxigenação dos músculos. Para isso, os animais devem ser mantidos em pequenas celas que impeçam seus movimentos. Depois de um tempo, os animais são forçados a permanecer em pequenos currais individuais onde somente conseguem ficar de pé com o pescoço virado para a direita ou para a esquerda. Em dias alternados, funcionários mudam a cabeça do animal cada dia para um lado. Raramente têm a cabeça voltada para frente com o pescoço esticado, pois isso permitiria a movimentação dos músculos do pescoço. Esse processo é mais comum algumas semanas depois do nascimento.

Alimentação: Ainda para evitar o tingimento dos músculos, os bebês são forçados a uma dieta completamente isenta de ferro, o que lhes provoca uma fraqueza profunda. A ausência do mineral em seus corpos produz uma grande ansiedade por tudo aquilo que possa conter ferro, mas até a água que lhes é fornecida é desmineralizada, Por isso os animais lambem pregos e material metálico das celas e até mesmo sua própria urina.

O sofrimento do bezerro: Visitar uma área de criação de vitela é como estar em um campo de concentração infantil. Os novilhos olham para os visitantes e se aproximam como quem pede ajuda. Tentam sugar dedos ou pedaços de roupas, enchem os olhos de lágrimas e emitem sons guturais estranhos. Esse sofrimento não dura mais que três meses, quando já estão prontos para o abate. São então levados para um local onde são cruelmente mortos , em geral com um corte profundo na jugular, para perder todo o sangue lentamente.

Paladar refinado?: Todo ano, só nos EUA cerca de um milhão de bezerros são mortos para servir aos refinados apreciadores de uma boa carne.(!?!) O hábito de comer vitela começou provavelmente quando vacas grávidas morriam e serviam de refeição. Percebeu-se que o feto tinha uma carne de textura muito tenra. Depois vieram os métodos para manter a carne do bezerra macia por mais tempo. Por isso hoje se consegue essa façanha com animais de até três meses de idade. Muitos deles morrem antes de completar três meses de nascidos, alguns por infecções (uma vez que seu sistema imunológico é frágil devido à anemia), outros por doença de causa desconhecida. Apresentam diarréias constantes e ficam cada vez mais tristes, até se entregar à morte libertadora. Sua carne, mesmo nesses casos, é direcionada para os restaurantes.

Vacas e seus bezerros: Vacas são mães atenciosas e sensíveis. Basta ver como lambem carinhosamente as suas crias e como essas necessitam da companhia de suas mães. Não se permite nem ao menos que as vacas vejam a sua cria, pois do contrário não conseguiriam permanecer tranqüilas. Elas costumam agitar-se e gritar desesperadamente quando são afastadas do filhote. E assim começa uma das maiores crueldades que o ser humano pode cometer contra os animais: a indústria da vitela.

Vitela x produção de leite: É possível entender perfeitamente a origem dessa doença “de causa desconhecida”. Se um bebê humano, imediatamente afastado de sua mãe ao nascer, for amamentado artificialmente, estando preso a um berço que limite os seus movimentos, sem receber carinho de forma alguma, sentindo fraqueza constante, certamente viverá bem menos que uma vaquinha. A produção de leite também implica crueldade com os animais. Milhares de bezerros são mortos, depois de serem criados em gaiolas minúsculas para que não desenvolvam nem enrijeçam músculos e sejam abatidos e vendidos como se fossem vitelas. Ao tomar o seu “leite”, a pessoa torna-se cúmplice dessa produção e do abate indiscriminado de bezerros.

Produção de leite: Atualmente uma vaca produz dez vezes mais leite do que sua natureza permitiria. São tratadas como máquinas: não tomam sol, não amamentam seus filhotes, recebem doses de hormônios, sentem dores (basta ver o tamanho das tetas de uma vaca leiteira) e algumas contraem infecções. Quando estão exaustas são abatidas. Muitos animais doentes, que mal podem se levantar, são arrastados para os matadouros assim mesmo, para não haver desperdício. Não podemos nos esquecer dos bezerros que são vendidos para rodeios, onde sofrem fraturas de coluna, patas, hemorragias, e são quase sempre abatidos de forma cruel. Nos Estados Unidos, defensores da alimentação vegetariana e dos direitos dos animais afirmam que, se um produtor de carne tratasse seu cão da maneira como rotineiramente trata seu gado, seria multado, processado e provavelmente preso – e teria seu cão apreendido.

Fonte: Instituto Nina Rosa

terça-feira, 10 de junho de 2008

A transição para o veganismo

Em pauta:

Acredito que todo ovo-lacto-vegetariano CONSCIENTE e preocupado com a defesa dos diretos dos animais, evolui em uma determinada etapa da vida para o veganismo, embora isso requeira as vezes, um bom tempo. No meu caso, sou ovo-lacto-vegetariana há 12 anos, e atualmente estou tentando adaptar minha alimentação para muito em breve me tornar vegan. Confesso que essa transição não tem sifo fácil por vários motivos. O primeiro é a própria resistência dentro de casa, e é preciso aprender a conviver com frases como: " é muito radicalismo!". Radicalismo é a atitude de deliberar sobre a vida de animais somente para usufruir de algo que não temos o direito de se apropiar. O segundo motivo é a dificuldade de substituir alguns produtos, como por exemplo o queijo. Há algum tempo, estava consumindo somente queijos de empresas que não utilizam coalho retirado do intestino de animais, a FRIMESA é uma delas. No entanto, por outro lado, me surpreendi com a quantidade de produtos vegan que estão disponíveis nos supermercados. Como leite de soja, iogurte a base de soja de vários sabores, condensado de soja e creme de soja. Para não ficar só na soja, algumas empresas produzem produtos como achocolatado, chocolate amargo, salgadinhos, bolachas, macarrão e sorvetes que não possuem ingredientes de origem animal, basta se atentar aos rótudos que descobriremos muitas coisas somente à base de produtos vegetais. Indico o site do Fábio Chaves (www.vista-se.com.br - em dica de produtos) para obterem informações sobre alguns produtos e marcas.
A transição pode ser um pouco difícil, como no meu caso. Mas acredito que gradualmente chegarei lá! O importante é ter consciência de como as vacas sofrem para terem seus leites roubados, sendo criadas em ambientes artificiais, agressivos a sua natureza, tendo seus filhotes retirados logo após ao nascimento para não prejudicar a produção, além de possuir uma expectativa de 5 anos de vida ao invés dos 20 anos que geralmente uma vaca vive. Ou seja, a questão não se concentra apenas em ter que matar ou não, é algo além, que se preocupa com os diretos que todos animais humanos e não humanos possuem de vida e LIBERDADE.
O nosso comportamento alimentar é fruto da nossa cultura e educação, e nós podemos lutar contras as atitudes impostas que são arcaicas e danosas à vida e à liberdade. Basta uma reflexão profunda, que traga novas idéias e práticas para que assim possa ocorrer uma transformação na forma de consumo de nossa sociedade.

A vida é valor absoluto




"Não existe vida menor ou maior, inferior ou superior.

Engana-se quem mata ou subjuga um animal por julgá-lo um ser inferior.
Diante da consciência que abriga a essência da vida, o crime é o mesmo"






Olympia Salete

Fonte: www.gatoverde.com.br



domingo, 8 de junho de 2008

Assembléia proíbe animais em circos no RS

Em pauta



É com grande alegria que venho aqui lhes noticiar que com 26 votos favoráveis e 18 contrários, a Assembléia Legislativa aprovou a proibição do uso de qualquer espécie de animal em exibições nos circos do Rio Grande do Sul.
Caso seja sancionada pela governadora Yeda Crusius, a lei entrará em vigor em janeiro de 2009. O descumprimento da medida acarretará ainterdição do estabelecimento e a apreensão dos animais.


A proposta, de autoria do deputado Miki Breier (PSB), prevê que o encaminhamento dos bichos recolhidos a instituições públicas ouprivadas, designadas por órgãos integrantes Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). No local, eles passarão por avaliação deveterinários e receberão um novo destino.

Breier reforça o coro de organizações não-governamentais (ONGs)ambientalistas, que incentivam as pessoas a assistir somente espetáculossem animais. Graças à pressão dos ambientalistas, cidades como Porto Alegre já aprovaram leis municipais contra a utilização de bichos nos espetáculos.


Aos poucos, a justiça e a ética prevalecerão a favor dos animais! Parabéns a mais uma conquista. A batalha é longa, mas a força de vontade e a persistência são maiores ainda!




Fonte de informação: Jornal Zero Hora, 04 de junho de 2008
Fonte - imagem: Getty images

sábado, 7 de junho de 2008

III Evento de Direito Animal da Unesp - Rio Claro

Nos dias 11 e 12 de junho acontece um encontro sobre Direito Animal na Unesp de Rio Claro/SP. O tema será: " O uso dos animais no ensino, na pesquisa e o princípio da não-violência". O evento será transmitido ao vivo pelo site: www.cevap.unesp.br/abertura.htm Na sala 2- Nome: "coloque seu nome" - Senha: cevap


Fonte: www.veddas.org.br

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ecologia, o sentido da preservação – Parte I.


Em pauta


Gostei e muito desse artigo referente ao meio ambiente, comemorado no dia 5 de junho.

Escrito pela estudante de Eng. Ambiental/UFRGS, Silvana Sita - Dep. de Meio Ambiente SVB- Porto Alegre.

Boa leitura!

Ecologia é uma palavra muito vaga para viajante de primeira mão. Na verdade, não sabemos se estamos tratando de algo vivo ou de algum estudo sobre. No dicionário, ecologia quer dizer a parte da biologia que estuda o ser vivo na sua interação com o meio ambiente. Daí que deve vir o engano de muitas pessoas se dizerem ecológicas. Por fins de denominação, na verdade, uma pessoa ecológica seria uma pessoa que estuda essa interação; já por fins de entendimento comum, uma pessoa ecológica é uma pessoa que defende o meio ambiente. Essa última denominação é a que esperamos de uma pessoa dita ecológica, mas as que encontramos por aí se encaixam na primeira.
Com tantas provas evidentes, é difícil você pensar o contrário. Você nunca sabe se o ecologista está “protegendo” o meio ambiente por ele (o meio ambiente) em si ter esse direito ou se está fazendo isso para se proteger. Na verdade, o que motiva uma pessoa a ser ecologista?
Nessa questão, muitos aspectos estão escondidos. Para alguns, conta a questão da consciência, mesmo que não descarada; principalmente quem tenta seguir uma vida ética entende perfeitamente que a forma como nós vivemos não é sustentável, logo não é ética, e, portanto, essas pessoas defendem um ambiente ecologicamente equilibrado. Para outros, o interesse é diferente: preservar o ambiente em que vivem para, assim, terem mais qualidade de vida. Para outros, ainda, é mais uma forma de ganhar dinheiro, já que este assunto já se tornou um problema global. Há ainda aqueles que acham a palavra bonita e o objetivo simpático e, daí, se dizem ecologistas. Das diferentes formas que citei para uma pessoa se dizer ecologista, todas elas seguem para o mesmo caminho, o interesse próprio e egoísta, implícito ou explícito. O homem, uma única espécie, se equipara em importância ao resto da Terra, incontáveis outras espécies; ou seja, se sentindo de alta consciência e sabedoria, as pessoas ditas ecologistas colocam, no mesmo patamar, uma única espécie e o resto todo da Terra. Até aonde vai o nosso egocentrismo? Afinal, para que temos que preservar o meio ambiente se não para nós? Parece evidente que, quando você se depara com a notícia de que um ecologista que acabou de ceder volumosos hectares para unidades de conservação possui, na mesma, um centro de estudos no qual abriga 250 mil insetos mortos como coleção, esse ecologista não está realmente preservando o meio ambiente para os seres que ali habitam. Qual o interesse do homem em preservar uma espécie se mata membros desta para “estudos”?
De que adianta lutar pela preservação da espécie se não se tem o mínimo respeito com a preservação da vida do indivíduo? A verdade é que tratamos os outros animais como coisas, seres que não possuem individualidade, que só possuem o seu valor em conjunto por manterem um ambiente equilibrado e, com isso, favorecer o nosso ambiente. Quando tratamos de pessoas, somos capazes de mover céus e terras para salvar uma criança que nasceu com problemas congênitos. Não fazemos a ligação que o mundo conta com 6,5 bilhões de habitantes, e, portanto, mais um não tem importância. Se não usamos essa lógica com humanos, por que usamos com os outros animais?
A visão que temos de um ecologista é a de uma pessoa que defende o equilíbrio das coisas, mas nunca paramos para nos perguntar qual o real sentido disso. Matamos milhões de animais todos os dias, mas, se surge o fato de que a ave endêmica de patas azuis de Galápagos está em extinção, todos os ecologistas e demais pessoas ficam abaladas. Qual o sentido real de se preservar uma espécie? Matamos milhões de sardinhas porque há muitas no mar, mas caímos em cima de quem mata a ave de patas azuis em extinção. Para o indivíduo, tanto faz se há muitos ou poucos de sua espécie; depois de sua morte, isso não faz mais diferença. Se não preservamos as espécies pelos seus indivíduos, a única explicação de preservá-las é que as estamos preservando para nós mesmos. Aí chamo a atenção para as expressões que usamos: “essa área é de preservação ambiental por ser declarada patrimônio da humanidade”. Agora sim, está explicado: preservamos porque achamos engraçadinhas as aves de patas azuis, porque gostamos de estudar coisas diferentes e porque, de alguma forma, elas podem nos beneficiar. Nem muitos dos ecologistas radicais passam por este teste. Eles podem escalar muros, se prender em árvores, fazer passeatas nus, mas muitos estão impregnados com o sentido literal da palavra, estão ali porque querem conhecer mais o meio ambiente e a interação entre os seres, querem o ciclo natural; no entanto, não dão valor para a vida dos indivíduos que compõem todo esse grupo.
Ecologistas não devem parar de comer carne só porque nela está implícita uma série de impactos ambientais; antes de tudo, ecologistas devem parar de comer carne e matar insetos porque, nesses seres, está o real sentido de sua luta.
Fonte-imagem: Getty images

domingo, 1 de junho de 2008

Premarin


Em pauta


É comum vermos pessoas que não procuram informações, ou pelo menos nem lêem uma bula antes de tomar um remédio. Muitas vezes, confiando na prescrição de seu médico e, também, para aliviar sua dor, estas ignoram completamente a idéia de que MUITOS remédios são feitos à base de animais ou SEMPRE testados neles, para assim, chegarem à prateleira de uma farmácia.


"Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade." - Albert Einstein -


O Premarin é muito conhecido entre mulheres e médicos que optam pela terapia de reposição hormonal. Mas você como ele é feito?


O Premarin é derivado da urina de éguas prenhes e contém dezessete tipos diferentes de estrógeno, a maioria dos quais inimiga dos seres humanos. Esse medicamento é produzido em condições profundamente desumanas. Éguas prenhes são permanentemente cateterizadas e mantidas em espaços minúsculos. Após terem a cria, só podem amamentar os filhotes durante uma semana, com a finalidade de engravidar novamente o mais rápido possível. Essas verdadeiras "fábricas vivas" de Premarin morrem freqüentemente durante a segunda ou terceira gravidez devido ao estresse produzido pelo confinamento.


[Trecho extraído do livro A Mulher de 0 a 90 (e além), os ciclos femininos sob o ponto de vista da biologia, da psicologia e da espiritualidade, da Dra. Joan Borysenko.]


De todos os medicamentos usados para reposição hormonal que estão no mercado, o Premarin é o único que usa urina de éguas grávidas. Todos os outros, além de seguros para a saúde, são fabricados a partir de plantas.


Mas lhe faço outra pergunta: Se há hormônios sintéticos eficazes e mais seguros para a saúde, por que não param de vender Premarin?


Porque existe uma indústria, uma máfia, que lucra milhões na produção desse medicamento. As éguas e os potrinhos são leiloados abaixo custo para matadouros. Os rancheiros que criam as éguas também faturam e assim por diante.


Como podemos ajudar a acabar com a "máfia" do Premarin?


As armas que temos para derrotar o laboratório é conscientizar os médicos para não receitarem, e as mulheres que nos cercam a não aceitarem prescrição do medicamento Premarin. Enquanto houver procura, haverá demanda.


Abaixo, em um endereço eletrônico, um modelo de carta que pode ser adaptado ou enviado na íntegra para o seu ginecologista e para o médico veterinário dos seus animais, pois o Premarin também é muito receitado para cães, que acabam desenvolvendo tumores.


**A campanha contra o medicamento Premarin não é só para as mulheres. Os homens podem passar para esposas, mães, tias, amigas e filhas**


DEPOIMENTO


Um susto: "Tive que ser operada às pressas"



Fonte - imagem: Getty images


 
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