sábado, 31 de maio de 2008

Por que pautar nossa alimentação pela dor dos animais se eles se devoram sem piedade?



Em pauta:




Hoje, indagada pelos motivos que me levam a ser vegetariana, respondi que existe um único motivo: ética e respeito para com os animais. Logo após responder, escutei o seguinte comentário: " Ah, mas os animais comem outros animais!". Esse argumento, muitas vezes utilizados pelos carnívoros, carece de lógica. Explicarei logo abaixo, segundo meu ponto de vista sobre este assunto.




Primeiramente, os animais não matam somente por matar, não retiram outros animais recém nascidos de seus pais para produzirem uma carne mais exótica e "saborosa", não confinam animais de outras espécies em lugares minúsculos, quase sem possibilidade de sobreviver para depois matá-los com vários métodos cruéis. Os animais carnívoros respondem a um instinto para sobreviverem, eles não possuem uma capacidade intelectual como nós, seres animais-humanos, de criar formas alternativas de se alimentar, como por exemplo plantar ou industrializar o próprio alimento. O consumo de carne entre seres humanos é algo imposto pela cultura, não sendo algo essencial para a sobrevivência da nossa espécie. O homem tem capacidade de pautar os próprios padrões morais de comportamento, e isso é uma responsabilidade enorme! Em nenhum momento devemos basear nossa moral no comportamento de animais para justificar a ESCOLHA de matar para se alimentar. A melhor postura moral que podemos adotar para com os animais é a dieta vegetariana, longe de tanta crueldade!
Fonte - foto: Getty images

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Visita ao matadouro

Em pauta:
Posto a segunda parte do texto escrito por Sérgio Greif. Nesta segunda parte é abordado como os suínos e as aves sofrem nos matadouros.
Matadouro de suínos
O abate de suínos é um pouco diferente do abate de bovinos. Alguns dos matadouros que conheci simplesmente não o faziam, outros reservavam um dia da semana para o abate de suínos e apenas um possuía um programa de abate constante de suínos. Os porcos são criados em sistema de confinamento, diferente do gado bovino no Brasil. Estes animais são criados em baias cobertas e muitas vezes ficam isolados do chão. Recebem ração de engorda e jamais tem a possibilidade de chafurdarem a terra, comer grama, etc. a idéia é que o animal receba alimentos calóricos e que gaste pouca energia movimentando-se. Desta forma o animal ganha peso em menor tempo. Nos últimos dias, os que antecedem o abate, o animal recebe menos ração e um ou dois dias antes recebe apenas água. Isto se dá para que na hora do corte, haja menos fezes transitando pelo trato digestivo, o que facilita a limpeza da carcaça do animal.Os suínos chegam em um caminhão de transporte, em engradados empilhados em 4 andares, as fezes dos porcos de cima caem sobre os porcos de baixo e o cheiro do caminhão como um todo é insuportável, mesmo quando se está dirigindo atrás de um destes em uma rodovia, a 120 km/hora. No matadouro, os engradados contendo os animais são descarregados sem grandes cuidados. Os animais são forçados a saírem à base de pontapés ou sendo cutucados por porretes. No terreiro de espera, os animais ouvem o que se passa com os que já adentraram a sala do matadouro, e se desesperam. Não pude deixar de notar, em uma de minhas visitas a um destes matadouros, que em momento algum os porcos silenciavam. O tempo todo em que os animais aguardavam no terreiro, um funcionário do matadouro tentava acalmá-los, batendo-lhes com um porrete. Da mesma maneira, para que entrassem na sala de abate, os animais eram conduzidos com chutes e clavadas.Na sala de abate o animal recebe um eletrochoque, que lhe causa uma paralisia, mas certamente não a sua morte. O animal é então suspenso por uma das pernas e degolado com uma faca (o sangue é recolhido para um tanque) e suas tripas são retiradas. Em seguida ele é mergulhado em um tanque de água fervente e depois é desmembrado. Devido à velocidade com que este processo ocorre, algumas vezes o animal é mergulhado ainda vivo e consciente na água fervente, e chega ainda piscando os olhos na mesa de corte e esfola.
Abatedouro de aves
O abate de aves ocorre em estabelecimentos especiais denominados “abatedouros de aves”. Conheci abatedouros grandes, das maiores empresas nacionais e que vendem seus produtos para o mundo inteiro. Por este motivo, o fluxo de atividades nestes estabelecimentos é constante. Vê-se filas de caminhões trazendo frangos de diversas granjas para serem abatidos. Os animais são transportados em pequenas gaiolas contendo 5 ou 6 aves, muitas delas já chegam mortas devido ao estresse do transporte e ao tempo de espera. Presenciar o descarregamento destes animais é uma visão única. As gaiolas são abertas, e os animais são presos pelas patas, de cabeça para baixo, em ganchos presos a uma esteira. Os animais perecem não ter reação nenhuma. Certa vez vi a esteira parar para o almoço dos funcionários, algumas gaiolas já estavam abertas. As aves continuaram ali, mesmo as que saíram das gaiolas apenas se empoleiraram na grade, não tiveram o impulso de sair. Uma das aves que foi parar embaixo do caminhão ficou lá por mais de uma hora. Não é que estes animais não tivessem amor por sua própria vida, mas sim o fato de que jamais tiveram a oportunidade de exercitar seus músculos. A maioria daqueles animais tinha cerca de 45 dias de vida e foram criados para terem coxas e peitos macios e enormes, não para andarem por aí. Por este motivo, eram incapazes de dar mais do que alguns passos. Nas esteiras, os animais são levados para a sala onde ocorre o abate. Ali recebem um choque de pequena voltagem, que deveria servir para atordoá-los, mas na verdade, apenas deixa as aves mais agitadas. Pergunto por que não aumentam a voltagem, desta forma as aves simplesmente morreriam ou seriam ao menos atordoadas. O gerente de produção me explica que se eles aumentassem a voltagem o animal de fato morreria, mas isto também endureceria a carne. Elas seguem então para uma máquina que procede a degola automática e depois tomam um banho escaldante. São então depenadas e estrinchadas. Muitas vezes ainda estão vivos quando chegam a estas ultimas etapas, tendo sobrevivido inclusive à fervura. Presenciei inclusive animais que em uma ou outra fase do processo se soltam dos ganchos e caem no chão, ficando lá se debatendo. Os funcionários não fazem nada para abreviar seu sofrimento, pois não podem se desligar de suas atividades na esteira. Desta forma, a morte destes animais é ainda mais lenta e dolorosa. Quem são os responsáveis por estas mortes? Mesmo uma pessoa sensível, quando exposta a estas cenas durante cinco dias por semana, oito horas por dia, acaba se insensibilizando. Esta é a realidade do funcionário de um matadouro. Se estes são homens truculentos e rudes, é porque seu meio de vida os tornou assim. Certamente se estas pessoas conservassem sua sensibilidade, não seriam qualificados para seu trabalho.Mas seu trabalho somente existe porque alguém os paga para fazê-lo. Então o funcionário do matadouro não deve ser visto como o único culpado pela morte destes animais. O proprietário do abatedouro tampouco, porque ele apenas mantém seu estabelecimento, já que alguém compra seus produtos. Os açougues e supermercados a mesma coisa. Apenas quem pode impedir que estas mortes continuem ocorrendo é o consumidor. O consumidor sim, aquele que se sente desconfortável em visitar um matadouro, que prefere não saber a verdade, se poupar de vislumbrar estas cenas, que prefere esquecer que os pedaços de carne em peças eram um animal poucos dias antes. Este sim é o verdadeiro responsável. Estamos prontos para nos indignar com a matança de bebês foca no Canadá, com a caça de raposas para fazer casaco de pele ou com o consumo de carne de cachorro na China. Estamos prontos para levantar bandeiras em defesa das baleias, da Amazônia ou doar algum dinheiro para o Greenpeace. E todas estas coisas de fato são importantes, mas estão muito distantes de nossa realidade. É fácil não ter um casaco de pele de raposa ou de foca, é fácil não ser culpado da morte destes animais e é mais fácil ainda condenarmos a pessoa que faz uso destes objetos. Mas a morte de uma vaca, um suíno, um frango, ou seja lá qual for o animal, não deveria receber consideração diferente apenas porque sua utilização é tradicional segundo nosso ponto de vista. Qualquer pessoa que participe de seu ciclo de exploração é culpado pela morte de um animal, seja ele nativo, exótico, abundante ou esteja em vias de extinção. O fato de percebermos a criação e morte de animais em matadouros como um fato banal apenas agrava esta situação. Estes animais não viveram existências condizentes com os hábitos de sua espécie e em determinado dia foram abatidos no campo. Eles levaram vidas indescritivelmente sofridas e tiveram um fim doloroso. E se isto não está errado, nada no mundo está. Não me tornei vegetariano por haver presenciado as cenas que descrevi acima. Eu já o era há mais de 20 anos. Haver visitado alguns matadouros e abatedouros de aves apenas serviu para fortalecer minha sensação de que eu estava no caminho certo. Saber que não faço parte disto, de certa forma, me confortava. Também me dava a certeza de que eu deveria dizer às pessoas o que vi, e da importância de se conscientizarem a respeito desses fatos.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Não, isso não é normal!

Em pauta:
Segue logo abaixo um texto escrito por Sérgio Greiff com o título: " visita ao matadouro". É chocante ler todos os detalhes que um boi passa para morrer. Muitas pessoas acusam esse tipo de abordagem como sendo sensacionalista, mas a verdade é que tudo isso é muito real e acontece todos os dias sem que as pessoas parem para pensar e questionar em como a carne chegou até seu parto. Até quando essa insensatez será cometida?!
Postarei hoje o texto sobre abate de gado, nos próximos dias serão sobre suínos e aves.
Visita ao matadouro© Sergio Greif
Passei alguns de meus últimos anos no interior de São Paulo, fiscalizando fontes de poluição ambiental: usinas de açúcar e álcool, fábricas que processamento de polímeros, fundições etc. Mas nada me pareceu tão poluente e agressivo quanto os curtumes e abatedouros de animais. Estas atividades são, é claro, extremamente poluentes, mas pretendo falar sobre este assunto em outra ocasião. Gostaria de reservar este momento para falar sobre uma outra forma de violência, aquela que presenciei nos matadouros e abatedouros de animais.
Embora o sofrimento do animal que será abatido se inicie já em seu nascimento, é no matadouro que ele encontra o seu fim. Não é um fim agradável, tranqüilo ou sem dor, como muitas pessoas querem acreditar. As pessoas são levadas a crer que os animais que lhes servem de alimento levaram uma vida de prazeres, brincando nos campos com outros animais de fazenda e que em determinado dia estes foram transportados e abatidos de forma indolor. Esta é a imagem que a indústria da carne nos passa, com suas propagadas de animais sorridentes e suas embalagens coloridas que quase não sangram.
As pessoas não acreditam, ou não querem acreditar, que animais de corte tiveram toda uma existência miserável, privados da luz do sol, do ar fresco, de pisar a terra. O objetivo de uma criação de animais de corte não é, é claro, o bem estar dos animais. O objetivo é lucro, produzir mais carne, em menor espaço e no menor tempo possível. Desta maneira ovinos, suínos e frangos são criados em locais com alta densidade de indivíduos, em espaços mínimos que limitam seus movimentos e o desempenho das atividades mais básicas, características de suas espécies. Os bovinos ainda são criados de maneira extensiva no Brasil, mas esta realidade tende a se alterar com o aumento na demanda e profissionalização do setor.
Descrever o que acontece em um matadouro não é uma tarefa fácil. Provavelmente ler sobre o que lá se passa também não seja, mas acredito que temos a obrigação de divulgar estas verdades, e desfazer os mitos que se formam, de que os animais não sofrem com o abate. Todo aquele que se alimenta de animais tem o dever de conhecer este último e importante passo na vida da comida que tem em seu prato. As descrições que se seguem representam o que pude presenciar do abate de animais. Quando forem citados procedimentos diversos aos quais presenciei, farei menção a isto.
Matadouros de Gado
Os animais são transportado em caminhões de transporte de gado, geralmente contendo 12 animais, que tentam se manter em pé enquanto o veiculo se desloca. Os animais são geralmente trazidos de fazendas próximas ao abatedouro, mas em alguns casos provêm de localidades mais distantes, o que significa que este transporte pode durar várias horas. O caminhão adentra o matadouro e os animais são descarregados a chutes e pontapés em um terreiro cercado (imagino que eles foram colocados no caminhão também na base do chute). Neste terreiro os animais ficarão à espera por algumas horas, pois os abates quase sempre ocorrem durante a madrugada.
Não pude presenciar a hora em que o abate começa, devido ao horário, mas imagino que os animais são enfileirados no corredor que leva à sala onde serão abatidos. Nas primeiras horas da manhã é evidente o estresse que estão vivendo os que ainda esperam a vez de entrar na sala do matadouro, pois estes presenciaram a morte de todos os animais que foram na frente. Seus olhos aparecem saltados na órbita, bem irrigados de sangue, e seus mugindo são desesperados e frenéticos.
Estes animais ouviram o que aconteceu com os animais que foram à sua frente, sentiram o cheiro de seu sangue e possivelmente viram alguma cena desagradável, é claro que resistem até onde podem para não passar pelo corredor que leva à sala do matadouro. Por este motivo, um funcionário do estabelecimento os força a fazê-lo dando chutes e eletrochoques através de uma vara. O animal vivencia um verdadeiro pânico, e tenta recuar, mas é empurrado para a frente pelo animal que vem atrás, que também está levando eletrochoques. Ele tenta se jogar para os lados, mas as barras de aço só lhe permitem que avance para a frente.
Ao entrar na sala do matadouro, o animal presencia por cerca de um minuto o que está sendo feito com seus companheiros, alguns já pendurados, alguns sendo fatiados em diferentes processos, seu sangue e suas tripas espalhados pelo chão da sala. O animal em vão tenta escapar, mas está completamente cercado por barras de aço. Neste momento o animal sofre o processo que se chama “insensibilização”. No caso dos matadouros que estive visitando, esta insensibilização é feita com uma pistola pneumática, mas em muitos matadouros a insensibilização ainda é feita a golpes de marreta. A pistola pneumática dispara uma vareta metálica no crânio do animal, perfurando-o até o cérebro. Diz-se que este é um método “humanitário”, pois o animal não sofre dor e permanece desacordado por todo o resto do processo, mas a verdade é que não podemos saber se aquele animal de fato não sentiu dor. Certamente a pistola o torna imóvel, mas o animal não parece desacordado, apenas atordoado e impossibilitado de reagir. Algumas vezes, um mesmo animal precisa ser insensibilizado mais de uma vez, o que mostra que este não é um método “humanitário” nem indolor.
No passo seguinte, o animal é pendurado de cabeça pra baixo em uma corrente, suspenso por uma das patas traseiras. É possível que neste momento o peso do animal trate de romper alguns de seus ligamentos, destroncar seus membros. No momento em que o animal é suspenso, percebo que sua cabeça ainda se move. O funcionário do matadouro diz que são espasmos, contrações involuntárias, que o animal já não pode sentir. Mas seus olhos ainda piscam, a língua ainda se mexe, tentando conter o vômito e puxar para dentro o ar. Este animal não está sentindo dor?
O animal é então sangrado, degolado, estripado e esfolado. O sangue que jorra é recolhido em parte para uns tonéis, mas a maior parte cai em uma canaleta. As fezes e o vômito são recolhidos em outra canaleta. Com enormes facas sua barriga é aberta e as tripas são jogadas no chão. Alguns animais ainda parecem se mexer nesta etapa e a impressão que tenho é que eles podem ver suas tripas no chão. O sangue e as tripas serão encaminhados para o setor de processamento de embutidos (lingüiças, salsichas, etc).O couro destes animais que servem para a produção de carne não é considerado de boa qualidade, mas mesmo assim ele é retirado para uso menos refinado. Após isso o animal é baixado e são retirados os testículos, as mamas, patas e língua. Estas ‘peças’ são comercializadas como iguarias ou são encaminhados para o setor de ‘graxaria’, de onde sairá o mocotó e a gelatina.Como os matadouros que visitei possuíam uma grande produção, uma “linha de desmontagem” como diriam alguns, pouca atenção era dada para cada animal e mesmo na etapa de retirada do couro e desmembramento, alguns animais ainda estavam se mexendo. Neste matadouro o couro é retirado quase completamente por uma máquina que parece uma máquina de fazer massas, o funcionário apenas tem que separar o couro em alguns pontos.
Finalmente, ocorre o corte seccional da “peça”. O animal é dividido em duas metades e a carcaça é lavada. Neste momento, dependendo da finalidade, o animal poderá ser retalhado em cortes ou sua carcaça poderá ser levada para o frigorífico. Quando a carne chega à câmara fria, o calor do animal ainda emana dela. As carcaças são penduradas em ganchos enfileirados e apesar do frio, o cheiro nauseante da carne é perfeitamente perceptível. Dali a carne seguirá para os açougues e mercados.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Como muito, muito isso!!!

Eis um hambúrguer vegetal.
Este sim tu podes confiar. Podes comer sem medo, sem dúvidas de como este foi feito, sem dor, sem sangue; mas COM consciência, com amor, com ética, com moral, com RESPEITO para com os animaizinhos, com gosto de quero-mais, etc ...
Desculpem-me, mas ser vegetariana é tãao bom e vantajoso!!! :)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Nação Fast Food

Em pauta:

Vi e achei muito interessante este filme. Para quem não tem idéia de como o hambúrguer de carne animal é produzido, este filme relata desde ao abatedouro até os fast's food da vida.

Do criador de um sanduíche que se tornou um grande sucesso em vendas nos EUA, o filme relata investigações de contaminação da carne com fezes animal. A imigração ilegal de mexicanos, maus tratos e mutilações no abatedouro. Fraudes em laboratórios para liberação de alimentos.

Dirigido por Richard Linklater; com o elenco Greg Kinnear, Ethan Hawke, Bruce Willis, Kris Kristofferson, Patricia Arquette, Luis Guzmán e Catalina Sandino Moreno.


Vale a pena assistir, recomendo!


Veja o trailler de Nação Fast Food: http://br.youtube.com/watch?v=zc_z623Wsro




Vegetarianismo por um mundo melhor

O que é vegetarianismo?
No vegetarianismo, entende-se que o consumo de alimentos de origem animal é uma prática desnecessária, que prejudica a saúde humana, o meio ambiente, os animais e a sociedade.
Ovo-lacto-vegetarianos: não consomem qualquer tipo de carne, mas consomem laticínios e ovos.
Lacto-vegetarianos: não consomem carne nem ovos, mas consomem derivados de leite.
Veganos: não consomem qualquer produto de origem animal (leite, ovos, mel) e também não utilizam produtos feitos com couro, lã, seda e cosméticos que contenham ingredientes animais ou que tenham sido testados em animais.
Por que uma pessoa se torna vegetariana?
Saúde: uma dieta vegetariana bem planejada traz muitos benefícios à saúde. Ela é rica em vitaminas, minerais e fibras e pobre em gordura saturada, sendo capaz de contribuir para a prevenção de várias doenças.
Ética: alguns vegetarianos deixam de comer carne por acreditarem que os animais têm direito à vida e que seu sacrifício para fins alimentares é uma crueldade desnecessária.
Meio ambiente: a produção de alimentos de origem animal causa grande impacto no meio ambiente, por necessitar de mais terras e recursos, além de ser responsável pela produção de uma enorme quantidade de resíduos (poluição).
Fome mundial: utilizando os mesmos recursos despendidos atualmente com a pecuária, a simples transição do consumo de produtos animais para o consumo de alimentos vegetais seria capaz de alimentar adequadamente toda a população mundial.
Saúde
Uma dieta vegetariana é: RICA em fibras, vitaminas e minerais. POBRE em gorduras saturadas, colesterol e contaminantes químicos (hormônios, antibióticos, pesticidas). MODERADA em proteínas e calorias.saborosa, trazendo pratos da culinária mediterrânea, indiana, japonesa etc.variada, incluindo hortaliças, legumes, frutas, raízes, cereais (arroz, trigo, centeio, cevadinha), leguminosas (feijão, soja, ervilha, lentilha, grão-de-bico) e oleaginosas (castanhas, nozes, sementes).nutritiva, fornecendo todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do organismo.preventiva, reduzindo o risco de doenças circulatórias (infarto, derrame, pressão alta), obesidade, diabetes, artrite, pedras nos rins, asma e algumas formas de câncer, entre outras. Há um grande número de trabalhos científicos que mostram as propriedades preventivas das dietas vegetarianas.
Um estudo do Instituto do Coração (InCor / USP) de 2002 comparou, entre outros fatores de risco para doenças do coração, a pressão arterial e os níveis de colesterol de 136 pessoas, entre vegetarianos e comedores de carne. Os vegetarianos não apresentaram nenhum caso de pressão alta e apenas 22% das pessoas tinham colesterol elevado. No grupo que consumia carne, 22% das pessoas apresentaram pressão alta e 41% tinham o colesterol acima do limite máximo recomendado .Há ainda muitas publicações e profissionais que podem orientar uma transição saudável para o vegetarianismo.A informação e a orientação são muito importantes para planejar bem a dieta!
Ética
Muitos vegetarianos eliminam a carne de seus cardápios por não quererem participar da carnificina necessária para transformar um animal senciente em alimento. Os animais são capazes de sentir amor, dor, medo e solidão. Por isto a maneira como são criados e mortos é bastante cruel. Não há como matar um animal de forma “humanitária”, tão pouco é possível aceitar que a maneira como são criados atenda às suas necessidades mais básicas.Milhões de porcos são mortos todos os anos. Os porcos são animais extremamente inteligentes. Na natureza, são animais capazes de brincar e aprender, como um cachorro. Já que o cachorro é o melhor amigo do homem e os porcos fazem a melhor feijoada, o destino deles é ter suas crias separadas da mãe logo após o nascimento, para então viverem uma vida miserável de confinamento e tortura até que possam ser finalmente mortos.Bois e vacas são animais dóceis e sociais. Quando não são destinados à produção de vitela (mortos com poucos meses de vida), vivem uma vida de tortura: São castrados, queimados, têm seus chifres cortados, as vacas são ordenhadas três vezes ao dia e são separadas de sua cria no dia do nascimento. Na natureza, as vacas são animais que cuidam de seus filhotes com sua própria vida e os filhotes também precisam do afeto e segurança da mãe, como todo mamífero.Bilhões de galinhas são mortas anualmente. Apesar de serem animais territoriais, que naturalmente brigam pelo espaço ao seu redor, as galinhas de granja são criadas em espaços superlotados, sendo submetidas à iluminação constante e ao uso de hormônios e antibióticos. As que vivem em jaulas não podem sequer abrir suas asas.Antes de serem mortos para serem consumidos pelos humanos, os animais são transportados por horas e momentos antes de sua própria morte, podem ver seus companheiros serem abatidos bem à sua frente, muitas vezes conscientes e em pânico.
Meio ambiente
- 1/3 da destruição das florestas tropicais se deve à criação de pastagens para o gado!
Durante as décadas de 70 e 80, 20 milhões de hectares de floresta (3%do total), foram convertidos em pastagens para o gado. 30% da destruição da floresta amazônica é atribuída à pecuária. Isto resulta na perda do habitat de várias espécies. O solo é envenenado, a água é poluída e a emissão de gás metano do metabolismo animal acrescido da destruição da floresta contribuem para o aquecimento global.Do total de 4,14 bilhões de Kg de carne de boi consumidos em 1996 nos EUA, 160 milhões de Kg foram importados do Brasil, o que contribui para a desertificação da Amazônia, mas não ajudou a alimentar a população brasileira. O benefício econômico obtido com a exportação é enganoso. Estima-se que cada hectare (10.000 m2) de floresta derrubada para a formação de pastos seja capaz de produzir US$ 160, enquanto que, com uma exploração sustentável (para a produção de látex e frutas, por exemplo), a mesma área possa produzir US$ 7.280!
- Uma fazenda de porcos gera lixo equivalente a uma cidade de 12.000 habitantes. Estima-se que o gado americano por si só produz 127 toneladas de fezes por segundo, o que significa 13 vezes a produção humana. A amônia contida nas fezes polui as águas e afeta severamente a camada de ozônio. Os resíduos animais são 100 vezes mais poluentes do que os resíduos humanos.
- A energia necessária para produzir um único hambúrguer poderia abastecer um veículo para rodar 30 Km ou aquecer água para 17 banhos quentes.
- A água é escassa no planeta e é motivo de conflitos.

Fonte: Nutriveg – Consultoria em nutrição vegetariana - www.nutriveg.com.br


domingo, 25 de maio de 2008

Ser diferente

"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os encrenqueiros. Os que fogem ao padrão. Aqueles que vêem as coisas de um jeito diferente. Eles não se adaptam às regras, nem respeitam o statusquo. Você pode citá-los ou achá-los desagradáveis, glorificá-los ou desprezá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Eles empurram adiante a raça humana. E enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como gênios. Porque as pessoas que são loucas o bastante para pensarem que podem mudar o mundo são as únicas que realmente podem fazê-lo."
Escrito por Jack Kerouac.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Isto te choca?

Em pauta:


Não parou por aqui ...






Quem nunca se deparou na rua com caminhões lotados de frangos dentro de caixotes e/ou porcos enclausurados, sem nenhum tipo de ventilação e higienie; o mínimo de cuidados?


Esta cena é comum nas ruas do mundo todo. Algumas pessoas se chocam, têm pena, já outras, nem se quer se importam com o tipo de tratamento que estes pobres seres inocentes recebem ANTES de morrerem cruelmente em granjas e/ou matadouros.




O que me choca não é somente este tipo de crueldade e frieza para com os animais, mas PRINCIPALMENTE a atitude das pessoas que vêem, dentro dos seus carros com ar-condicionado, com vidros de sufilme, ou sei lá o quê, este tipo de cena e nem por um instante se chocar, ter no mínimo um sentimento de piedade, de compaixão por estes pobres animais indefesos!!! Como aquele ditado popular já dizia: "O pior cego é aquele que não quer ver". E isso, nós, os Vegetarianos, não somos! Muitos nos chamam de radicais, que apelamos e blá-blá-blá ..., discursos de ignorantes; posso-lhes afirmar com todas as letras uma verdade absoluta que me resta como um animal-humano: EU TENHO AMOR PELOS ANIMAIS, COMPAIXÃO E CONSCIÊNCIA DE QUE NEM O MENOR SER DOS MENORES SERES TÊM QUE MORRER PARA O CONSUMO HUMANO.


O homem sabe discernir do certo e do errado, é capaz de construir suas casas, preparar seu alimento, enfim, sobreviver. Mas mesmo possuindo estes privilégios, o homem JAMAIS poderá chegar próximo à perfeição divina enquanto continuar MATANDO.


Encontrei um vídeo - extremamente - revoltante; cachorros e gatos, os nossos animais-de-estimação, engaiolados, amontoados, sem piedade alguma na China, claro.

Mas não pensem que é só na China que isso acontece, há milhares de espécies sendo mortas em cada parte do mundo.

Espero que, de alguma forma, sendo ou não Vegetariano, tenha um pouco de sentimento e CONSCIÊNCIA, e comece a relevar o que tu colocas no prato para comer.






Fonte - imagens: Getty images

Até quanto vai a ignorância humana?




Em pauta


É uma vergonha, uma covardia e uma falsidade do governo chinês em "suspender" o consumo de carne de cachorro durante as Olimpíadas. Porque para começar, tendo Olimpíadas ou não, tem que ABOLIR essa carnificina com estes pobres animaizinhos! E outra, ninguém tem o direito de agir com crueldade para com os animais. Fico me perguntando o que este povo vai inventar para comer. Não me surpreendo com nada mais, já que os pobres e indefesos cachorrinhos viraram a "sensação gastronômica", quem sabe no próximo cardápio chinês, TU não estás como prato-da-casa?! [ não ria, não, é sério!!! ]


Leiam o texto abaixo e entenderão o motivo da minha extrema preocupação e revolta:


Os restaurantes que servem carne de cachorro na China estão prestes e serem proibidos de comercializar este prato. O governo chinês teme "assustar" os cerca de 200 mil turistas que devem desembarcar no país este ano, por conta dos jogos olímpicos.

Mas segundo ativistas britânicos, a medida não visa o bem-estar dos animais e, sim, apenas esconder a crueldade com que os cachorros são tratados para este fim. Ainda de acordo com os ativistas, se viajarmos para a cidade de Datong - a oeste de Pequim - veremos aquilos que o governo não quer que vejamos.

A agência de investigação Ecostorm conseguiu imagens exclusivas de cães sendo brutalmente abatidos a marretadas e com a ajuda de navalhas, e agonizam por até sete minutos. O video mostra ainda dezenas de cães amontoados em jaulas minúsculas, aguardando o momento de serem mortos.



A China não possui uma legislação sobre bem-estar animal e somente um pequeno grupo de ativistas atua na região.

Fonte - imagem: getty-images

E as plantas?!

Em pauta:
Qual vegetariano ou vegano nunca precisou responder esse questionamento? Acho pouco provável que ninguém tenha se deparado com essa pergunta. O artigo abaixo escrito pelo Professor Gary Francione responde com elegância essa dúvida que algumas pessoas possuem.
Diferenças por senso comum
Se, ao caminhar em seu jardim, eu pisar de propósito em uma flor, você terá toda razão em se zangar comigo, mas se eu chutar o seu cachorro de propósito, você ficará zangado comigo de uma maneira bem diferente. Ninguém considera estas duas ações equivalentes. Sabemos muito bem que existe uma grande diferença entre uma planta e um cachorro, o que faz com que chutar este último seja moralmente muito mais repreensível do que pisar em uma flor.

Consciência do que percebe
A diferença entre um animal e uma planta diz respeito à senciência. Ou seja, os animais não humanos, ou pelo menos aqueles que exploramos rotineiramente, sem dúvida são conscientes de sua percepção sensorial. Criaturas sencientes possuem mentes, logo têm preferências, desejos ou vontades. Isso não significa que as mentes dos animais não humanos sejam parecidas com as nossas. Por exemplo, a mente dos humanos, que fazem uso da linguagem simbólica para interagir com o seu mundo, pode ser bem diferente da mente dos morcegos, que se valem da ecolocalização para interagir com o seu mundo. É difícil saber com precisão.Mas também é irrelevante, pois tanto os humanos quanto os morcegos são sencientes. Ambos são criaturas que possuem interesses, no sentido em que ambos têm preferências, desejos ou vontades. Um humano e um morcego podem pensar de um modo diferente sobre esses interesses, mas não pode haver a menor dúvida de que ambos possuem interesses, inclusive o interesse de evitar a dor e o sofrimento e o interesse de permanecerem vivos.
Plantas têm interesses ou necessidades?
Já as plantas são qualitativamente diferentes dos humanos e dos outros animais sencientes. Sem dúvida as plantas são seres vivos, mas não são sencientes, pois não possuem interesses. Uma planta não pode ter desejos, vontades ou preferências porque ela não possui uma mente para que possa se ocupar com estas atividades cognitivas. Quando dizemos que uma planta “precisa” ou “necessita” de um pouco de água, não estamos nos referindo ao seu status mental do mesmo modo que não estamos nos referindo à mente de um carro quando dizemos que o seu motor “precisa” ou “necessita” de um pouco de óleo. Trocar o óleo do meu carro pode ser do meu interesse, mas nunca do interesse do carro, pois este não tem interesses.
Uma planta pode reagir à luz do sol e a outros estímulos, mas isso não significa que ela seja senciente. Se eu descarregar uma corrente elétrica em um fio amarrado a um sino, o sino tocará. Mas isso não significa que o sino seja senciente. As plantas não possuem sistemas nervosos, receptores de benzodiazepina ou quaisquer características que estejam relacionadas à senciência. E tudo isso faz sentido do ponto de vista científico.
Reações naturais
Por que elas teriam a necessidade evolucionária de desenvolver a senciência se elas não podem fazer nada para reagir a um ato danoso? Se você atear fogo a uma planta, ela não poderá sair correndo, ela permanecerá no mesmo lugar até queimar. Agora se você atear fogo a um cachorro, ele reagirá exatamente da mesma forma como você reagiria: ele urrará de dor e tentará se livrar das chamas.A senciência é uma característica que evoluiu em algumas criaturas para que elas pudessem ser capazes de sobreviver ao fugir de um estímulo nocivo. A senciência não teria nenhuma serventia para uma planta, pois elas não podem “fugir”.

Obrigações morais
Não estou querendo dizer com isso que não existe nenhuma obrigação moral de nossa parte referente às plantas, mas sim que não temos nenhuma obrigação moral para com as plantas. Ou seja, podemos ter a obrigação moral de não cortar uma árvore, mas esta é uma obrigação que não temos para com a árvore. Uma árvore não é o tipo de entidade com a qual nós podemos ter obrigações morais.Podemos ter obrigações morais para com todas as criaturas sencientes que vivem em uma árvore ou dependem dela para a sua sobrevivência. Podemos ter obrigações morais para com os outros seres humanos e para com os outros animais não humanos que habitam o planeta no que se refere à não destruição de árvores a torto e a direito. Mas não podemos ter nenhuma obrigação moral para com uma árvore, pois só podemos ter obrigações morais para com criaturas sencientes e uma árvore não é nem senciente nem possui interesses, pois ela não tem preferências, vontades nem desejos.
Direitos das árvores
Uma árvore não é o tipo de entidade que se preocupa com o que fazemos com ela. Uma árvore é um “objeto”. Já o esquilo e os pássaros que vivem nela sem dúvida têm o interesse de que nós não a derrubemos, mas a árvore não. Pode ser moralmente repreensível derrubar uma árvore por capricho, mas este tipo de ação é qualitativamente diferente do ato de atirar em um cervo.
Quando se fala em “direitos” para as árvores, como querem alguns, procura-se igualar as árvores aos animais não humanos e este tipo de comparação só pode se dar em detrimento destes últimos.
Recursos naturais para serem usados?
De fato, é comum ouvir ambientalistas falar sobre a nossa responsabilidade na preservação de nossos recursos naturais, considerando inclusive os animais não humanos como um “recurso” a ser preservado. E isso é um grande problema para aqueles como nós que não consideram os animais não humanos como “recursos” destinados ao nosso uso. Árvores e outras plantas são recursos que podemos utilizar. Temos a obrigação de usar estes recursos com sabedoria, mas esta é uma obrigação que nós temos apenas para com as outras pessoas, sejam elas humanas ou não humanas.
E os insetos?
Para finalizar, existe uma variação da pergunta sobre as plantas: “e os insetos, eles são sencientes?” Até onde eu posso saber, ninguém ainda sabe com certeza. Mas certamente eu concedo aos insetos o benefício da dúvida. Eu não mato insetos em minha casa e procuro sempre evitar pisar em um deles quando caminho. No caso dos insetos, pode ser difícil traçar o limite, mas isso não significa que este limite não possa ser traçado com precisão na maioria dos casos. Matamos e comemos pelo menos dez bilhões de animais terrestres todos os anos apenas nos Estados Unidos.Esta cifra não inclui todos os animais marinhos que matamos e comemos. Talvez possa haver alguma dúvida se animais como mariscos ou mexilhões sejam mesmo sencientes, mas sem dúvida todas as vacas, porcos, galinhas, perus, peixes, etc. são sencientes. Os animais não humanos dos quais tiramos o leite e os ovos sem dúvida são sencientes.
O fato de não sabermos ao certo se os insetos são sencientes não significa que devemos ter qualquer dúvida sobre o fato de que todos estes outros animais não humanos são sencientes, pois estamos absolutamente certos quanto a isso. E, ao dizer que o fato de que não estamos certos se os insetos são sencientes nos impede de avaliar a moralidade de se comer carne ou de usar produtos oriundos de animais não-humanos que sabemos sem sombra de dúvida serem sencientes ou de avaliar a moralidade de trazer estes animais não humanos à existência com o objetivo de usá-los como nossos “recursos” evidentemente é um absurdo."

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Não somos carnívoros!

Em pauta:

A constituição humana não é carnívora. Humanos não têm as características físicas e nem os instintos dos carnívoros que os levam a matar animais e devorar suas carcassas. Agora, leia abaixo os dados técnicos que vão te surpreender e fazer você pensar duas vezes antes de achar que você é um ser humano carnívoro.

Fisiologia Humana

Biologistas têm estabelecido que animais que têm as mesmas características físicas também compartilham de uma mesma dieta. Comparando a anatomia de carnívoros com a nossa própria anatomia, fica mais do que claro que nós não fomos feitos para comer carne.

DENTES E UNHAS

Para iniciarmos o contraste entre a fisiologia dos humanos com os seres carnívoros, comece no início do sistema digestivo. Dentes, unhas e estrutura da mandíbula indicam que a natureza pretendeu que os seres humanos comessem baseados em uma dieta baseadas em plantas. Eles têm unhas muito menores e menos agressivas do que os animais carnívoros e dentes “caninos” ( caninos somente no nome... ) pateticamente menores. Em contraste, os carnívoros compartilham de garras afiadas e dentes caninos grandes capazes de cortar carne.
As mandíbulas dos carnívoros movem-se somente de baixo para cima, o que faz com que eles cortem grandes pedaços de carne de sua presa e engulam inteiro. Humanos e outros herbívoros conseguem mover suas mandíbulas para cima e para baixo e também de um lado para o outro, um movimento que os permite a mastigação de comidas fibrosas e plantas. Carnívoros não têm estes molares achatados. Se humanos fossem projetados para comer carne, teriam os mesmos tipos afiados de dentição e as garras dos carnívoros. Ao contrário, sua estrutura mandibular, os molares achatados e a falta de garras indicam que não fomos projetados para comer carne.
Dr. Richard Leakey, um renomado antropologista, resume desta maneira: “Você não pode cortar carne com suas mãos. Nossos dentes de trás não servem para cortar carne. Nós não temos dentes caninos grandes e não teríamos como lidar com fontes de comida que necessitassem destes grandes caninos”.


ACIDEZ ESTOMACAL

Após usar suas garras afiadas e dentes para capturar e matar suas presas, carnívoros engolem sua comida por inteiro, confiando em seus sucos gástricos extremamente ácidos para fazer a maior parte do trabalho de digestão. A acidez do estômago dos carnívoros na verdade é quem faz os grandes trabalhos d digerir a carne e matar as bactérias perigosas bactérias que poderiam adoentar ou matar o carnívoro.
Conforme está ilustrado abaixo, nossos ácidos estomacais são muito mais fracos porque ácidos fortes não são necessários para digerir comida já pré mastigadas como frutas e vegetais. Comparando os ácidos dos carnívoros com herbívoros, fica óbvio que os humanos se encaixam na segunda categoria. Os humanos podem cozinhar a carne para matar umpouco das bactérias e facilitar na hora de mastigar, mas fica claro que os humanos, diferentemente dos carnívoros, são foram designados para digerir carne.


COMPRIMENTO DO INTESTINO

Evidências de nossa natureza herbívora também é encontrada no tamanho de nossos intestinos. Carnívoros têm um sistema intestinal e cólon que permitem a passagem da carne de forma relativamente rápida, antes que a carne tenha alguma chance de apodrecer e causar doenças. Humanos, por outro lado, têm sistema intestinal muito mais longo que dos carnívoros. Assim como outros herbívoros, intestinos longos permitem que o corpo leve mais tempo para “quebrar” fibras e absorver os nutrientes de uma dieta de um não carnívoro.
O longo sistema intestinal humano na verdade é um fato de alto risco para aqueles que comem carne. A bactéria na carne acabam tendo tempo de sobra para se multiplicar durante a longa viagem pelo intestino, e a carne começa a apodrecer enquanto ainda passa pelo intestino. Muitos estudos também mostraram que a carne causa câncer de cólon em humanos.
Comparando a nossa anatomia fica ilustrado o fato de que o corpo humano foi contruido para se basear em uma dieta vegetariana. Humanos não têm absolutamente nenhuma das características distintas anatômicas que oscarnívoros ou até mesmo onívoros naturais têm.


Fonte: http://www.vivaosanimais.com.br/

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Homem e a Natureza

“Não comer carne significa muito mais que uma simples defesa do meu organismo, é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de ser dentro dela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal”
Pierre Weil

A Sensibilidade dos peixinhos


Peixes também sentem dor

Em um documentário realizado no EUA, estudiosos declararam que os peixes têm em suas bocas quase a mesma quantidade de terminações nervosas que os humanos têm em seus genitais. Assim, puxar um peixe para fora d'água com um anzol seria como tirar uma pessoa da água segurando suas partes íntimas.


Sensibilidade

Muitos peixes, especialmente os que vivem no fundo do mar, usam a boca não só para se alimentar, mas também como uma espécie de sensor geral. Eles possuem uma alta densidade de nervos. Esta informação nos faz refletir sobre os programas de pesca na TV, em que os desportistas ou apresentadores capturam peixes com anzol. Aparentemente bons ecologistas ou bons samaritanos, depois de fisgá-los, eles os devolvem à água. Só que não podem imaginar a dor e o estresse que provocam no animal, que, segundo os especialistas, é suficiente para que a grande maioria não consiga sobreviver.


Dor

A dor na boca impede que eles se alimentem, o que facilita a inanição e a morte: o sangramento freqüentemente atrai predadores, como piranhas e jacarés. Quando esses programas estrearam, imitando os similares norte-americanos, entendeu-se ser uma boa ação devolver à água os peixes capturados. O ideal seria proibir esses torturantes programas.A sensação de um peixe for a d'água se compara à de um homem sendo asfixiado, sentindo suas forças se esvaírem lentamente. A retirada da água causa uma dor terrível e provoca sangramento das guelras. A dor gerada pelo imenso arpão de um mergulhador quando atravessa o corpo de um peixe deve ser a mesma que sentiríamos se fôssemos trespassados por uma lança.


Peixes em tanques

Peixes criados em tanques, como tilápias, carpas e trutas, também são submetidos a forte estresse devidos aos espaços exíguos em que são mantidos. Em alguns restaurantes é possível ver aquários onde peixes e lagostas são expostos para ser escolhidos pelos fregueses.
Esses aquários estão longe de fornecer o mesmo espaço que esses animais encontrariam na natureza. Muitas vezes, em virtude da urgência em se preparar os pratos, são descamados, têm o couro arrancado, ou são eviscerados ainda vivos!
Há certas especialidades culinárias japonesas, um tipo de sushi, em que o peixe é servido ainda vivo. Segundo os experts, é necessário que ele ainda se mova ao ser servido, caso contrário o prato deve ser devolvido!


Fonte: Instituto Nina Rosa ( www.institutoninarosa.org.br)

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Ong Instituto Pró-Carne - Opinião do Dr.Marcio Bontempo

Em pauta

Aproveito para postar logo abaixo um artigo muito bem escrito pelo Dr. Marcio Bontempo sobre o Istituto Pró-Carne.



"Quem lê os nossos textos sobre os danos provocados pelo consumo de carne - principalmente a bovina - pode perceber que existe uma escala, onde atribuímos alguns graus à forma como as pessoas discernem sobre essa questão. Há vários modos pelos quais uma pessoa pode se convencer de que deve parar com esse troglodítico hábito, variando desde questões ambientais, passando por questões morais, sentimentais, econômicas, religiosas, espirituais, filosóficas, morais, éticas, até chegar aos sérios e contundentes argumentos ligados à esfera da saúde. Percebemos que esses diferentes aspectos “tocam” as pessoas segundo o seu grau de entendimento e tornam-se fatores principais e convincentes, capazes de influenciar a decisão de adotar uma dieta inteligente e humana, ou seja: a vegetariana. Penso que muitos, os mais sensíveis, são convencidos pela totalidade desses fatores, mas há aqueles para os quais apenas um fator é suficiente. Há conhecidos e clientes que mudaram por preocupação com a saúde. Há leitores meus, ecologistas sensíveis, que pararam de comer carne devido a questões ambientais. Tanto fatores gerais quanto particulares são elementos de convencimento para a mudança. E incluo que é fantástico quando uma pessoa assim mudada, passa a militar em favor da causa do vegetarianismo, numa espécie de apoteose.
Mas há o outro lado da moeda. Verifico que existem aqueles que relutam, que buscam argumentos (frequentemente infantis, grotescos e bisonhos) e pretextos para continuarem a comer carne. Percebe-se que essas pessoas não apresentam o grau de sensibilidade, de discernimento e até de intelectualidade, para perceber o erro. Sinceramente, identifico uma incapacidade espiritual, uma “tacanhez” (data vênia ao o chulo neologismo) que as mantêm nas dimensões inferiores dos planos evolutivos. Os argumentos mais empregados aparecem para justificar uma incapacidade de superar instintos inferiores e impulsos atávicos da era pré-histórica. Mais modernamente entendemos que o prazer pela carne é uma dependência gerada por uma oralidade não resolvida, um processo neurótico ou estágio psíquico atrasado, que provoca ansiedade alimentar ou prazer imoderado no comer. Então temos dois grupos: o das pessoas que se conscientizam de que devem parar e aqueles que, mesmo depois de ouvirem argumentos contundentes, continuam a fazê-lo. Mas assim como no primeiro grupo existem alguns passam a militar pela causa, no segundo, também existem aqueles que se dedicam difundir o hábito da comer cadáveres temperados e queimados, como sendo algo - pasmem ! – saudável. Estes são piores do que os simples adeptos dos duvidosos prazeres da carne, ou seja, aqueles que se limitam a emitir os surrados clichês em defesa desse hábito.
A ONG Instituto Pró-Carne é a confederação, o valhacouto dos carnívoros que representam o lado extremado do habito insano. São exatamente o oposto daqueles que militam pela causa da consciência alimentar. São eles que criaram uma sinistra campanha que ora mobilizam nacionalmente, em favor do consumo de carne. Certamente que não atuam assim por ideal, pois, por estarem engajados numa atividades dessas, não devem ter alcance para saberem que é isso (um ideal); assim agem - em sua mentalidade tosca – por se permitirem a serem marionetes dos interesses do empresariado pecuarista. Com o avanço do vegetarianismo e da consciência alimentar, a classe sem classe dos criadores de gado está procurando proteger seus lucros através do estímulo ao consumo da carne e, para isso, precisa de pessoas de poucas luzes espirituais. É lamentável que se tenha criado uma campanha dessas e a passem adiante. Vamos torcer para que esse manifesto da Pró carne seja “mal passado”, assim como os nacos de vaca semi-crua que tanto veneram.
Slogan da Campanha Pró-Carne: Coma carne: é saborosa, é saudável, é natural.
Contra slogan: Não coma carne! É saborosa somente se tiver sal e for temperada com ervas, senão é intragável; nem carnívoro come. É saudável apenas para os lucros dos empresários. É natural que quem criou este slogan não sabe o que é “natural”.
Slogan da Campanha Pró-Carne: Carne, você gosta, você pode, você precisa.
Contra slogan: Você gosta porque ainda tem instintos inferiores! Você pode...ficar doente comendo-a... Você precisa...ter consciência e parar."


Saiu do nada e foi para lugar nenhum

Horrível o debate feito pela MTV sobre vegetarianismo! Muito mal organizado pelo apresentador Lobão, e não era possível ouvir com clareaza a opinião de cada debatedor. Sem contar os argumentos ultrapassados utilizados, principalmente pelo Diretor do instituto Pró-carne!

domingo, 18 de maio de 2008

Era Jesus vegetariano?


Esta pergunta costuma gerar muita polêmica no meio religioso cristão. Será que Jesus realmente viveu nessa terra sem consumir nenhum tipo de carne animal? Seria o consumo de carne algo fora do plano divino para o homem? Tentarei responder esses questionamentos no transcorrer no texto de acordo com o meu ponto de vista sobre o assunto.
Um provérbio conhecido diz: " A Bíblia pode ser usada para justificar qualquer posição". Essa frase não é completamente falsa, uma vez que a história mostra que várias atrocidades já foram práticadas com justificativas "Bíblicas", como por exemplo a escravidão e a subjulgação da mulher. É dentro desse contexto que se torna necessário o uso da hermenêutica, uma ciência filosófica que auxilia na interpretação correta da bíblia. Com a utilização de animais pelos homens para o consumo alimentar, acredito estar também acontecendo um erro na interpretação Bíblica. Quando Deus criou o homem para viver no jardim do Éden, a dieta adotada era estritamente vegetariana, e com a entrada do pecado na terra, a raça humana foi aos poucos se degradando, até chegar em um determinado momento que Deus não mais tolerava o nível de deturpação do caráter humano e resolveu acabar com boa parte da população incrédula, através de uma forte chuva, conhecida como dilúvio. De acordo com o livro de Gênesis, após o dilúvio, toda a terra estava devastada, restando somente a família de Noé e os animais que adentraram à arca. Nesse momento histórico, Deus permite a entrada do consumo de carne. Como podemos notar, essa permissão foi pontual, apenas devido uma condição extremente necessária para a sobrevivência dos poucos que continuaram vivendo. É muita incoerência extender algo circustancial até os dias de hoje, em pleno século XXI, no qual a facilidade para se obter alimentos é muito maior se comparada à épocas Bíblicas.
A passagem Bíblica que descreve Jesus comendo peixes com seus discipulos, e multiplicando pães e peixes para a multidão, é constestável, uma vez que a palavra grega "fishweed" (um tipo de alga seca), tem sido traduzida para o inglês de maneira errada com o significado "peixe". A hipótese das algas secas parece ser mais plausível, pois estas continuam sendo um alimento bastante popular entre os camponeses palestinos, tais como as pessoas com que Jesus tinham contato.
Jesus pregou nessa terra o amor e a compaixão, e não fazia/faz parte dos seus planos o domínio dos animais pelos homens, quer seja para alimentação, vestimenta, entretenimento e pesquisa. Este tipo de comportamento é cruel, carecedor de sensibilidade e amor pelos seres viventes; atitudes incompatíveis com as evidênciadas por Jesus através da Bíblia. Nós devemos ser guardiões, protetores e respeitadores de todos os animais com os quais dividimos a dádiva da criação. Não existe justificativa moral, ética e lógica para dominarmos as demais espécies, seres sencientes que sofrem e possuem o mesmo interesse na liberdade física e emocional para viverem em plena harmonia.


"Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos. " Gandhi

sábado, 17 de maio de 2008

Conclusões sobre a covardia com os animais - Por Dr. Márcio Bontempo


"Quanto mais eu vejo animais serem mortos para virarem comida, mais eu entendo porque a McDonald´s engana as criancinhas fazendo-as crer que hambúrgueres crescem em árvores, já nos saquinhos.” John Robbins
Animais não nos dão a vida como contam as historinhas ou como os desenhos animados e a propaganda em folhetos escolares procuram mostrar. Nós tiramos as suas vidas. Eles lutam até o fim para fugir da morte, do mesmo jeito que faríamos se estivéssemos em seu lugar.
O porco, dócil e inteligente, não aceita a morte simplesmente pensando que ela é apenas mais um passo na produção de bacon; portanto, será difícil vê-lo cantando alegremente como nos anúncios dos produtores de salsichas.
As galinhas não se aproximam dançando alegremente da faca que irá matá-las, tentando nos mostrar como vai ser gostoso saborear uma de suas coxas.
A gentil e paciente vaca não se rende docilmente à marreta ou à faca; ela se agita e pula como pode para se livrar do gancho que prende uma de suas pernas, que foi quebrada e pendurada a uma corrente.
Os indivíduos que matam os animais são chamados de profissionais. Eles alegam que simplesmente estão realizando um trabalho ordinário (aqui, para nós, no duplo sentido), mesmo que isso envolva o assassinato de milhões de criaturas inocentes. Eles consideram “natural” o que fazem. Se isso é natural, que Deus os ajude.
Os produtores de leite nos EUA costumam fazer propaganda: Uma delas mostra uma simpática vaca sorrindo, enquanto uma suave voz masculina avisa, em off, que o leite dessa empresa é proveniente de vacas felizes. Talvez ele esteja se referindo ao efeito dos tranqüilizantes e antidepressivos que esses animais recebem regularmente para combater a tristeza dos ambientes onde são criados.
Por fim, "Os animais são meus amigos... e eu não como os meus amigos" George Bernard Shaw

sexta-feira, 16 de maio de 2008











Fonte - imagens: www.vista-se.com.br/orkut

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Humano, não!

"Eu não acho que somos tão próximos assim dos macacos. Sempre nós achamos no topo da criação como anjos decaídos, seres espirituais, animais racionais e, embaixo de nós, a tigrada. A macacada toda.
Não é o que pensa um filósofo como Nietzsche que considera o pensamento ou alinguagem apenas um mecanismo de defesa como garras, veneno de cobra oucheiro de gambá.
Lacan nos considera bichos com defeito de fábrica, com um buraco entre nós ea natureza que tentamos preencher com a linguagem, mas mesmo sem papocabeça, vamos ver.
Macaco mata sem motivo? Macaco se acha superior. Macaco até mete a mão nacumbuca, mas não rouba o dinheiro público. Macaco não mente, não inventadeuses e, pelo que se sabe, não há macacos-bomba, nem macacos com orçamentomilitar de R$ 500 bilhões.
Macaco rouba filhote de homem para vender ou por no jardim zoológico comofazemos com os chimpanzés? Fazer um up grading de macaco não ajuda a impedirsua extinção.
Macacos são bichos felizes, sem neuroses, integrados a natureza. Não podemosnos comparar a eles. Seria uma injustiça com os chimpanzés. Se elesfalassem, diriam: Humanos, não."

Fonte: arnaldo jabor - colunista do Jornal da Globo.
Retirado do site: http://www.veganprime.com/

Ah, se eu pudesse falar!



Posto logo abaixo um poeminha que gosto muito:


Se Eu Pudesse Falar...
Não passe tão indiferente
só porque eu não sou gente,
só porque não sei falar.

Também sou um ser vivente,
sinto as dores que você sente
mas não posso me expressar.

Sou um bicho abandonado,
pela vida maltratado,
quase sempre escorraçado,
até mesmo apedrejado!

Vivo sedento e faminto,
ninguém quer saber o que sinto!
Se fico doente e tristeVem logo a sentença fatal:
- Melhor matar este animal!

Mas para a raiva humana,
ainda não existe remédio,
com toda a evolução na história da medicina!

Olhe bem para meu semblante:
- Estou triste, apavorado,
pois a qualquer instante,
posso ser sacrificado!

Mas você não se importa
nem com o seu semelhante!
- Você sim, está doente, egoísta, indiferente.

Mas se algo ruim lhe acontece
logo lembra que Deus existe,
chora, reza e faz prece...

Mas Deus só ajuda aquele
que de todos se compadece.

Lembre-se do que escreveu
São Francisco de Assis:
- Quem maltrata um animaljamais poderá ser feliz!

Autoria Desconhecida

Fonte: Site da PEA

Eles também sofrem!!!


Em pauta

Há quem diga que os peixes são seres que se adaptam facilmente, até mesmo vivendo dentro de aquários, repletos de pedrinhas, de bichinhos de plástico, enfim, todo um arcenal artifical, imitando seu respectivo habitat. Seria ignorância e até irracionalidade de nossa parte pensar que os peixes, fora de seu habitat natural, podem viver assim.

Se realmente há pessoas que pensam desta forma, isso é grave, pois assim como os cachorros e os gatos, os nossos queridos bichinhos-de-estimação, os peixes também sentem dor. Também são perceptíveis a sensações. Peixes não dão em árvores, eles não são como os vegetais; não sentem dor devido a ausência de sistema nervoso.
Quando tu fores na feira e/ou em um super-mercado comprar ou se alimentar deste, comemorando datas especiais, pense primeiro. Há muitas maneiras de se alimentar saudavelmente, sem ter que derramar sangue.
Por fim, não queremos e nem estamos aqui para atacar alguém, porque ser vegetariano vai muito além disso; é questão de ética e moral, o blog Vegetarianismo em pauta, pesquisou e trouxe na íntegra uma pesquisa muito interessante, a respeito dos peixes sentirem dor. Desde já agradecemos o site www.vegetarianismo.com.br, dentre demais fontes devidamente expostas ao final do post.


Os peixes sentem dor

Embora pareça óbvio que os peixes sintam dor, como qualquer outro animal, algumas pessoas ainda pensam que os peixes são como vegetais que nadam. Em verdade, no que concerne a habilidade de sentir dor, os peixes são iguais aos cachorros, gatos e outros animais. O Dr. Donald Broom, consultor científico do Governo Inglês, explica que " A literatura científica é muito clara. Anatômica, fisiológica e biologicamente, o sistema de dor dos peixes é praticamente o mesmo que o das aves e dos outros animais." 1
Os neurobiologistas já reconheceram, faz tempo, que os peixes possuem sistema nervoso que sentem e respondem à dor, e qualquer um que haja estudado Biologia sabe que os peixes têm nervos e cérebro que sentem a dor, como qualquer outro animal.2 Em verdade, os cientistas nos dizem que os cérebros e sistema nervoso dos peixes se parecem com o nosso.3 Por exemplo, os peixes (como os "vertebrados superiores") possuem neurotransmissores como as endorfinas que dão alivio ao sofrimento — naturalmente que a única razão de os seus sistemas nervosos produzirem analgésicos é para aliviar a dor.4
Afirmar que os peixes não sentem dor é comparável à argumentação intelectual e científica de que a Terra é plana.
Interessante é verificar que alguns cientistas construíram um detalhado mapeamento dos receptores de dor na boca e por todo o corpo dos peixes. Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Guelph, no Canadá, monitoraram recentemente a literatura científica sobre a dor e a inteligência dos peixes. Concluíram eles que os peixes sentem dor e que "há de se considerar o bem-estar desses animais"5 A Dra. Lynne Sneddon, cientista que estuda a biologia dos peixes no Reino Unido, explica: "Trata-se, realmente, de uma questão moral. Sua pesca com anzol é mais importante que a dor que o peixe sente?"6


Cientistas da Universidade de Edinburgh e do Roslin Institute, ambos no Reino Unido, relatam que ao reagirem à dor, os peixes sentem também um estresse emocional e apresentam um "movimento de contorção" muitíssimo similar ao tipo de movimento que apresentam animais vertebrados superiores, como os mamíferos."7 A equipe de pesquisadores concluiu que os peixes, sem dúvida alguma, sentem dor da mesma forma que a sentem os mamíferos, tanto física como psicologicamente.8
Como seria de esperar, de animais que, sabemos hoje, são inteligentes e apresentam indivíduos interessantes com memória e a capacidade de aprender, os peixes podem também sofrer devido ao medo e à antecipação da dor física. Pesquisadores de várias universidades dos Estados Unidos publicaram resultados de pesquisas que mostram o fato de alguns peixes usarem o som para comunicar a sua agonia, quando redes são lançadas em seus aquários ou quando são eles ameaçados de alguma maneira.9
Num estudo individual, o pesquisador William Tavolga descobriu que peixes grunhiam ao receberem um choque elétrico. Mais que isso, os peixes começavam a grunhir, tão logo avistavam o eletrodo, numa inequívoca antecipação do tormento que Tavolga lhes impingia.10


Segundo o Dr. Michael Fox, D.V.M., Ph. D., "Embora os peixes não gritem(de forma audível para os humanos) quando estão com dor e em angústia, o comportamento deles deveria constituir evidência suficiente do seu sofrimento quando fisgados ou capturados em rede. Eles se esforçam, procurando escapar e, assim fazendo, demonstram a sua vontade de viver."11
O que acontece com o peixe antes que chegue ao seu prato não passa de crueldade aos animais ¾ criados em "fazendas" marinhas ou pescados no mar, os peixes são tratados de maneiras que resultariam em punições a crime hediondo, fossem outros animais tão horrivelmente maltratados.

Fonte:
www.vegetarianismo.com.br

2 L.S. Chervova, "Behavioral Reactions of Fishes to Pain Stimuli", J. Ichthyol, 1997
3 L.S. Chervova.
K.P. Chandroo, I.J.H.Duncan and R. D. Moccia, "Can Fish Suffer?: Perspectives on Sentience, Pain, Fear and Stress," Applied Animal Behavior Science, 2004, p. 11
5 K.P. Chandroo, p.15
6 Jennifer Smith, "Debate: Do Fish Feel Pain?" Newsday, 21 Aug. 2003
7 Alan Cowell, "Cruelty to Fish? Anglers in Britain Are Left Smarting", International Herald Tribune, 7 May 2003.
8 Dr.Lynne U. Sneddon, Dr. Victoria A. Braithwaite, and Dr. Michael J. Gentle, "Do Fish Have Nociceptors: Evidence for the Evolution of a Vertebrate Sensory Systeme," The Royal Society Scientific Academy, 7 June 2003
9 Martin A. Connaughton, Michael L. Lunn, Michael L. Fine and Malcolm H. Tayor, "Characterization of Sounds and Their Use in Two Sciaenid Species: Weakfish and Atlantic Croaker," http://web.mit.edu/seagrant/aqua/cfer/acoustics/exsum/connaughton/extended.html.
10 – Vantressa Brown, "Fish Feel Pain, British Researchers Say", Agence France-Presse, 1 May 2003
11 – Michael Fox, D.V.M., Ph. D., "Do Fish Have Feelings?" The Animals’ Agenda, July/Aug. 1987,pp.24-29
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Texto traduzido por Mário Fonseca Paradizo - e-mail:
mfonseca50@uol.com.br

 
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